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Secretaria de Defesa Social reavalia segurança em dias de jogos de futebol

"Temos que usar o policiamento para proteger cidadãos", afirma secretário Antônio de Pádua

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Publicado em 09/03/2020 às 18:16 | Atualizado em 09/03/2020 às 18:23
ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM
Apesar da proibição, uniformizadas continuam presentes - FOTO: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

O pânico tomou conta do Recife e de algumas áreas da Região Metropolitana durante o início da tarde do último sábado por causa das brigas promovidas pelas torcidas uniformizadas antes o Clássico das Multidões pela Copa do Nordeste. Mesmo proibidas pela Justiça, membros das organizadas repetiram as cenas de violência. Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), Antônio de Pádua, destacou o trabalho conjunto para acabar com a violência das uniformizadas e que o trabalho visa também levar tranquilidade para os torcedores dentro dos estádios.

“Nós temos que usar o policiamento para proteger os cidadãos e os torcedores que vão torcer para o time. Quem estiver praticando crimes tem que ser preso e ser levado para o Juizado do Torcedor”, apontou.

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O secretário esclareceu que como as torcidas foram extintas pela Justiça não é possível que o poder público faça a escolta desses torcedores. “No primeiro momento, houve o cancelamento do CNPJ [das uniformizadas] e o cancelamento também de contas bancárias eventualmente vinculadas a essas organizadas. É preciso deixar claro que essas medidas não vão ter uma eficácia imediata”, disse.

Antônio de Pádua lamentou as recentes cenas de violência envolvendo as torcidas organizadas. “Tudo isso vem comprovar a necessidade de extinguir definitivamente as torcidas organizadas, não os torcedores. A nossa missão é que os torcedores voltem a frequentar os estádios de futebol, voltem a comemorar o jogo do seu time preferido com muita tranquilidade e segurança”, destacou.

O secretário de Defesa Social de Pernambuco defendeu o endurecimento das penas. "Essa medida de endurecimento de penas eu acho que é extremamente necessária. O que temos hoje é que a penalidade para alguém que comete uma lesão corporal é de até dois anos [de reclusão], o que dá um termo circunstanciado de ocorrência. Ou seja, o agressor vai ser levado a um juizado, mas vai fazer uma transação com o Ministério Público e não vai ser apenado. A partir do momento que você aumenta essa pena, você vai colocar aquela pessoa que está cometendo crime atrás das grades", disse.

ESQUEMA DE SÁBADO

De acordo com Pádua, a SDS está realizando uma avaliação do que aconteceu no final de semana. “Empregamos cerca de 500 policiais militares nesse jogo de sábado, colocamos a nossa unidade aero tática, o helicóptero, para acompanhar tudo isso. Foi preciso usar o [Batalhão de] Choque, em alguns momentos, para conter essas torcidas”, detalhou. “Nós estamos estabelecendo ações para minimizar os próximos jogos”, completou o secretário, lembrando que ainda tem jogos do Campeonato Pernambucano e do Campeonato Brasileiro, que terá início em maio.

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