Futebol internacional

Dirigente do Bayern de Munique: 'não imagino transferências de 100 milhões de euros em um futuro próximo'

Uli Hoeness, presidente de honra do clube alemão, avaliou cenário do futebol mundial após crise do coronavírus

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 26/03/2020 às 18:52 | Atualizado em 26/03/2020 às 18:52
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Bayern de Munique é um dos quatro clubes que vai ajudar financeiramente os times menores da Bundesliga - FOTO: Foto: AFP

Uma coisa é dada como certa diante da crise causada pela epidemia do coronavírus: o futebol retornará diferente do que era antes. Não necessariamente dentro de campo, mas sim fora dele. Com menos dinheiro circulando e problemas financeiros em todo o mundo, dificilmente veremos grandes transferências como as feitas nos últimos anos, envolvendo craques como Neymar, Cristiano Ronaldo, Mbappé, em valores acima dos 100 milhões de euros. É o que acredita o presidente de honra do Bayern de Munique, Uli Hoeness.

"Você não pode prever, mas não consigo imaginar transferências de 100 milhões de euros em um futuro próximo. Os valores das transferências cairão, os valores não poderão se mover no nível anterior nos próximos dois ou três anos. Porque todos os países são afetados. Muito provavelmente haverá um novo mundo do futebol ", afirmou em entrevista à revista alemã Kicker.

Com a Covid-19 assolando o mundo e o isolamento social determinado pelos líderes dos países, na maioria deles, vários campeonatos foram paralisados neste mês. A Bundesliga, por exemplo, foi interrompida no dia 13 de março. Anteriormente, o prazo de suspensão iria até o dia 2 de abril, mas foi realocada para o dia 30 do mesmo mês. A esperança entre os clubes alemães é que o futebol volte em maio no país. Porém, caso isso aconteça, as partidas serão realizadas com portões fechados.

"Mesmo os jogos sem torcida, a distribuição de dinheiro na TV é garantida e, se funcionar, não haverá problema existencial para 2019/20". Hoeness também falou que, se não houver jogos até o Natal, "o sustento de toda a liga está ameaçado". Contudo, ainda acrescentou que "quem faz previsões sobre um possível reinício dos jogos é um charlatão".

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