Em um dos grupos de risco do novo coronavírus, o ex-presidente da CBF José Maria Marín vai deixar a prisão nos Estados Unidos nos próximos dias. A pandemia da Covid-19 foi o argumento usado pelos advogados do ex-cartola no domingo (30) e a Justiça norte-americana aceitou o pedido nesta segunda-feira (30).
Aos 87 anos, o ex-dirigente brasileiro estava preso desde dezembro de 2017. Ele foi condenado pela Corte do Brooklyn, em Nova York, e atualmente está detido em Allenwood, na Pensilvânia. Antes, ele havia sido preso em maio de 2015, na Suíça, a pedido da justiça norte-americana.
A nova decisão da juíza Pamela Chen também diminui a pena do brasileiro em um ano e dois meses. Em agosto de 2018, ele havia sido condenado a três anos e cinco meses de prisão por corrupção. Ele seria solto, então, apenas em maio de 2021. Por ter cumprido 80% da pena, os procuradores do caso concordaram com o encerramento da pena.
FIFAGATE
Após a prisão e a condenação, José Maria Marín foi também banido do futebol pela Fifa, em abril de 2019. O brasileiro foi o primeiro dirigente do futebol condenado no escândalo Fifagate e multado em um milhão de francos suíços.
Na sentença da juíza Pamela Chen, ela explica que o ex-presidente da CBF recebeu mais de 3,3 milhões de dólares em propinas de empresas de marketing esportivo. Em troca, ele concedeu contratos para transmissões da Libertadores, Copa América e do Brasil. Além disso, ter "buscado obter mais de 10 milhões de dólares em subornos em três anos, abusando da confiança das federações de futebol a quem deveria servir".
José Maria Marín foi condenado ainda a pagar 1,2 milhão de dólares de multa e devolver 3,3 milhões em propinas que recebeu.
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