As consequências econômicas da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus deverão servir de alerta para a Fórmula 1, avaliou o 'Team Principal' da McLaren, Andreas Seidl. "Acho que a crise que estamos enfrentando é o último aviso para um esporte que não está saudável e nem sustentável, e que agora chega a um ponto em que precisaremos de mudanças drásticas", disse o dirigente alemão em uma entrevista virtual com jornalistas.
Essas declarações ocorrem depois que a McLaren pediu para reduzir ainda mais o teto orçamentário que as equipes terão que respeitar na próxima temporada, propondo que ele passe de 175 para 100 milhões de dólares (de 160 para 90 milhões de euros). "O mais importante é superar essa próxima grande etapa, por isso achamos absolutamente necessário, levando em consideração todas as perdas financeiras que enfrentaremos este ano", disse Seidl, na véspera de uma nova reunião entre a Fórmula 1, Federação Internacional do Automóvel (FIA) e as dez equipes.
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DECISÕES CORRETAS NECESSÁRIAS
Embora acredite que "não há sinal de que a Fórmula 1 não ocorrer no próximo ano", Seidl diz estar preocupado com "o risco de perder equipes se elas não agirem rapidamente". "Se tomarmos as decisões corretas, a Fórmula 1 poderá ser mais sustentável no futuro e ter uma saúde melhor em comparação com os últimos anos. Isso deve contribuir para melhorar o esporte e o show, algo que interessa a todos e aos torcedores", disse ele.
A pandemia do novo coronavírus atrasou o início da nova temporada de Fórmula 1. Os nove primeiros Grandes Prêmios foram cancelados (Austrália e Mônaco) ou adiados sem uma nova data definida (Bahrein, China, Vietnã, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá). A primeira corrida que continua no calendário é o GP da França em 28 de junho, embora também pareça seriamente ameaçada.
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