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COI destina 800 milhões de dólares para superar crise do coronavírus

O novo coronavírus causou "graves consequências econômicas para as Olimpíadas, o movimento olímpico como um todo e o COI", disse Thomas Bach, presidente do COI

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Publicado em 14/05/2020 às 17:01
Christopher Furlong/COI/Divulgação
Entidade internacional devolveu ao COB seus direitos como membro de associações ligadas a comitês olímpicos nacionais. Repasse de verbas segue suspenso - FOTO: Christopher Furlong/COI/Divulgação

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu destinar 800 milhões de dólares (740 milhões de euros) para enfrentar as consequências da crise gerada no esporte pelo novo coronavírus, anunciou seu presidente Thomas Bach, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva.

Bach, que falou em uma videoconferência no final de uma reunião do Comitê Executivo do COI, explicou que 650 milhões de dólares serão para aliviar os efeitos causados pelo adiamento para 2021 dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, enquanto que 150 milhões de dólares serão destinados ao Movimento olímpico, especialmente às federações internacionais, devido aos grandes danos causados pela paralisação forçada devido à pandemia de COVID-19.

O novo coronavírus causou "graves consequências econômicas para as Olimpíadas, o movimento olímpico como um todo e o COI", disse Bach. Além disso, o COI aprovou as datas para sua próxima sessão, que ocorrerá no dia 17 de julho e de forma virtual pela primeira vez.

As Olimpíadas de Tóquio iriam ser disputadas neste ano de 24 de julho a 9 de agosto. Mas devido à pandemia, foram remarcadas para 23 de julho a 8 de agosto de 2021, na capital japonesa. Esse adiamento dos Jogos de Tóquio acarreta custos adicionais ainda muito difíceis de avaliar e que deverão ser compartilhados entre o COI e o Comitê Organizador local.

De acordo com os últimos números publicados, o orçamento para as Olimpíadas de Tóquio deve ser de 12,6 bilhões de dólares, a ser dividido entre o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, o governo japonês e a cidade de Tóquio. O COI fornece financiamento significativo para Comitê organizador.

Reduzir os custos

Para minimizar os excedentes de custos, o COI e o Comitê Organizador "estão em estreito contato com o grupo de trabalho criado e não descartamos nenhuma maneira com o objetivo de reduzir custos, mantendo o espírito dos Jogos e a qualidade da competição", garantiu Bach.

Uma das principais dificuldades é garantir por mais um ano a disponibilidade da infraestrutura das competições e da Vila Olímpica, cujo alojamento estava destinado a ser vendido logo após o encerramento dos Jogos deste ano.

Em relação a essa Vila olímpica, "os esforços são monumentais", garante Christophe Dubi, diretor geral dos Jogos. "É uma missão difícil, mas estamos confiantes. O trabalho está progredindo muito bem", diz ele.

Em um momento em que a amplitude e a gravidade da pandemia continuam a alimentar dúvidas sobre os Jogos de Tóquio na ausência de uma vacina ou tratamento eficaz, Bach se mostrou confiante no futuro. "Estamos trabalhando para o sucesso das Olimpíadas de Tóquio, que serão abertas em 23 de julho de 2021, em um ambiente seguro para todos os participantes", afirmou ele.

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