Como já era esperado, a contratação do goleiro Bruno, anunciada no fim de semana, pelo Rio Branco-AC, provocou polêmica e críticas. Na última segunda-feira, por exemplo, a Rede Arasuper anunciou a suspensão do patrocínio ao clube, que vai disputar a Série D do Campeonato Brasileiro.
Mas isso parece não incomodar a diretoria do Rio Branco. Em entrevista à imprensa local, o presidente Neto Alencar saiu em defesa de "uma das maiores contratações da história do clube", conforme ele mesmo declarou no último domingo.
"Aqui muitos são contra e muitos a favor. Se nem Jesus agradou todo mundo, não vai ser eu e nem o Rio Branco. Quem liberou o Bruno foi o Ministério Público e a Justiça. E como diz o ditado: aquele que nunca errou que atire a primeira pedra", disse Neto Alencar.
Diferentemente do que aconteceu recentemente com alguns clubes, como Fluminense de Feira de Santana-BA e Operário de Vargem Grande-MT -, o Rio Branco não vai desistir da contratação de Bruno por conta de toda a repercussão negativa, segundo seu presidente.
"Posso garantir que, antes de contratar, medi todas as possibilidades, como seria e o que iria acontecer. Não tem a mínima possibilidade de desistirmos da contratação. Isso só acontece se ele não quiser vir", afirmou o dirigente.
Preso em 2010 e condenado a mais de 20 anos pelo assassinato da modelo Eliza Samúdio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, que hoje vive com a avó, Bruno está cumprindo sua pena em regime semiaberto desde julho de 2019.
O goleiro de 35 anos é aguardado em Rio Branco, capital do Acre, na sexta-feira para assinar contrato. Ele vai poder atuar na sequência do Campeonato Acreano e também na Série D do Brasileiro.