Atleta bielorrussa afirma que foi obrigada a deixar os Jogos de Tóquio depois de criticar a comissão técnica
Tsimanouskaya afirmou que foi forçada a não participar mais da Olimpíada
AFP
A atleta bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya foi obrigada a suspender sua participação nos Jogos de Tóquio-2020 depois de ter criticado publicamente sua federação, afirmou nesse domingo (1º) a Fundação Bielorrussa de Solidariedade Esportiva.
"Estou segura e estamos decidindo onde passarei a noite", declarou a atleta em um comunicado publicado no Telegram pouco depois das 12h00 (horário de Brasília) pela Fundação Bielorrussa de Solidariedade Esportiva.
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"O COI (Comitê Olímpico Internacional) e Tóquio-2020 falaram diretamente com Krystsina Tsymanouskaya esta noite. Está com as autoridades no aeroporto de Haneda e acompanhada por um membro da equipe de Tóquio-2020. Ela disse que se sente segura", confirmou o COI, para quem a atleta pediu ajuda.
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O Comitê Olímpico Bielorrusso, dirigido por Viktor Lukashenko, filho do presidente do país Alexander Lukashenko, afirmou em nota que a atleta teve que suspender sua participação nos Jogos "por decisão dos médicos, devido ao seu estado emocional e psicológico".
Uma declaração classificada como "mentira" pela atleta no aeroporto da capital japonesa.
Krystsina Tsimanouskaya criticou a Federação Bielorrussa de Atletismo, ao afirmar que foi obrigada a participar do revezamento de 4x400 metros, quando inicialmente deveria correr nas provas de 100 e 200 metros, devido à quantidade insuficiente de testes antidoping realizados por outros dois atletas bielorrussos.
"Por que nós devemos pagar os erros de vocês? (...) É arbitrário!", publicou indignada.
"Nunca teria reagido desta forma tão severa se tivessem me explicado a situação completa com antecedência e perguntassem se eu poderia correr os 400 metros. Mas decidiram fazer tudo pelas minhas costas", acrescentou em outra publicação.
Essas declarações não estavam mais disponíveis neste domingo na sua conta do Instagram.