Em meio à pandemia do novo coronavírus, na última quinta-feira (13), o técnico Gilmar Dal Pozzo completou um ano no comando do Náutico. Na segunda passagem pelo clube, o treinador foi responsável por conduzir o time de volta à Série B e a conquistar o inédito título nacional do clube. A reportagem do Jornal do Commercio fez um balanço do trabalho do técnico até então, desde a chegada com o primeiro objetivo conquistado, acesso, título, início de temporada, críticas, até os desafios que deve enfrentar no retorno do futebol.
Há 365 dias, Dal Pozzo voltava ao Náutico. O resto entrou pra história: arrancada no Brasileiro, acesso memorável e o inédito título nacional. #DalPozzoUmAno ???????????? pic.twitter.com/lNph4Lfl4Y
— Náutico (de ????) (@nauticope) May 13, 2020
CHEGADA
Gilmar Dal Pozzo chegou ao Náutico para substituir o técnico Márcio Goiano, demitido após derrota para o Ferroviário na Série C. Contratado no dia 13 de maio do ano passado, o novo treinador já estava na beira do gramado dos Aflitos comandando o time em uma decisão dois dias depois de ser anunciado pela diretoria. Mesmo sem tempo suficiente para trabalhar e conhecer todo o plantel de jogadores, ajudou o time a reverter a derrota sofrida para o Campinense no primeiro jogo e conquistou uma vaga na Copa do Nordeste de 2020.
#AquiéNáutico Gilmar Dal Pozzo está de volta ao Náutico! As primeiras palavras do treinador estão no site oficial >> https://t.co/8yndcHCrsM ???????????? pic.twitter.com/llel9lvw6s
— Náutico (de ????) (@nauticope) May 13, 2019
ACESSO E TÍTULO
A caminhada do Náutico na Série C sob o comando de Gilmar Dal Pozzo foi bastante sólida. Com um início tímido, mas eficiente, o time engrenou no momento certo da competição e se classificou para o mata-mata na liderança do Grupo A. Nas quartas de final, conquistou o acesso à Série A no duelo épico contra o Paysandu nos Aflitos, jogo que o treinador classificou como o momento mais marcante no Timbu. Para cravar de vez o nome na história do clube, o técnico conquistou o primeiro título nacional da história alvirrubra, com direito a carreata de madrugada e até a comemoração em cima do ônibus na Avenida Conselheiro Rosa e Silva.
TRABALHOS LONGEVOS
A carreira de Gilmar Dal Pozzo é marcada por trabalhos longos. No final do ano passado, já na preparação para a atual temporada, o treinador estabeleceu a permanência do Náutico até o final do ano como meta pessoal. "Minha meta pessoal, sinceramente, é acabar o meu trabalho. Se me deixarem terminar o meu trabalho eu consigo as metas e os objetivos traçados pelo clube", disse na oportunidade. Antes da primeira passagem pelo Timbu, treinou a Chapecoense durante três temporadas e conquistou dois acessos consecutivos. No início da carreira, passou cinco anos no Veranópolis, onde se projetou como técnico.
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INÍCIO DE ANO
Com o acesso à Série B e a inédita conquista nacional, o início de ano do Náutico foi repleto de esperanças por parte dos torcedores. Com quase dois meses de pré-temporada e a manutenção de grande parte do elenco que obteve sucesso no ano passado, o time iniciou 2020 abaixo da expetativa da torcida, oscilando nos jogos. O alto número de jogadores lesionados, alguns com um grau elevado de importância, prejudicaram o técnico Gilmar Dal Pozzo em muitas escalações. No duelo contra o CRB pela Copa do Nordeste, por exemplo, o treinador alvirrubro não pôde contar com 11 jogadores. As atuações na Copa do Brasil contra o Toledo e Botafogo (apesar da eliminação), foram os pontos altos da equipe no ano.
CRÍTICAS
Com a oscilação do time dentro de campo, Gilmar Dal Pozzo começou a sofrer as primeiras críticas mais contundentes por parte dos torcedores. Resultados negativos sofridos contra o Botafogo-PB, Central, Santa Cruz e Fortaleza, além de tropeços diante o River-PI, ABC e Retrô fizeram o treinador virar alvo da torcida. Algumas das principais queixas dos torcedores é em relação a utilização de jogadores experientes como o zagueiro Fernando Lombardi, o volante Josa e o atacante Jorge Henrique. O técnico alvirrubro também foi cobrado em relação ao uso dos jogadores da base e ao número elevado de gols sofridos pela equipe. Por fim, parte da torcida cobrou a a mudança tática do time, principalmente depois de vários atacantes se lesionarem.
DESAFIOS
Depois de completar um ano no comando do Náutico, agora o técnico Gilmar Dal Pozzo vai ter a desafiadora missão de estar à frente do time no retorno dos campeonatos, após crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Ainda com um cenário de indefinição em relação ao calendário do futebol brasileiro, a diretoria alvirrubra aguarda as orientações dos órgãos de saúde do país para voltar às atividades, mas já definiu a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B como o principal objetivo do time para o restante da temporada. Caso conquiste o acesso à Série A, Dal Pozzo repete o feito que teve na Chapecoense em 2013.
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