Dívidas

Náutico crê que será "muito difícil" evitar leilão da garagem do remo

Departamento jurídico do Alvirrubro se pronunciou e disse que o clube não tem dinheiro para fazer acordo com o ex-volante Martinez

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 10/08/2020 às 17:12
JAILTON JR./JC IMAGEM
Imóvel fica localizado na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro - FOTO: JAILTON JR./JC IMAGEM
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Os problemas causados pelo acúmulo de dívidas do Náutico ao longo dos anos vai cobrando de maneira dura. Desta vez, o clube foi notificado da execução do leilão da sua garagem do remo. A ação vem do ex-volante Martinez, que passou pelo Alvirrubro em 2012 e 2013, no total de R$ 3.332.631,90. Outro problema além desse é que o imóvel, localizado na Rua da Aurora, bairro de Santo Amaro, zona central do Recife, está avaliado em R$ 3.288.000,00. Ou seja, faltariam ainda R$ 44.631,90 a serem pagos pelo Timbu como saldo devedor para quitar o valor cobrado por Martinez. Situação que o clube já trata como "muito difícil" de evitar o leilão da garagem do remo, marcado para o dia 7 de outubro em primeira praça.

"O clube já foi intimado da decisão em relação ao caso Martinez. A primeira praça do leilão está designada para o dia 7 de outubro e caso não haja arrematante, a segunda praça será no dia 9 de novembro. O valor da avaliação é menor do que o valor da execução. Isso reforça o que foi dito pelo presidente que é muito difícil da gente conseguir evitar o leilão do remo. A gente pode até evitar num primeiro momento, mas vai chegar uma hora que vai ser leiloada. E mesmo com o leilão, a gente não consegue pagar a dívida integralmente", explicou o vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker.

 

O Náutico seguirá na tentativa de suspender o leilão e assim adiar uma possível perda da garagem. Essa tentativa seria através de erros processuais que possam existir no documento, para que sejam corrigidos pela parte reclamante. Porém, mesmo assim, não há como evitar o processo, já que o Timbu não tem condições financeiras de fazer um acordo com Martinez neste momento. Na visão do dirigente, é uma conta "impagável" para o Alvirrubro, que arca com os problemas de gestões passadas.

"Agora cabe ao jurídico achar meios para suspender esse leilão. Verificar se houve algum erro processual, se não foram observadas os requisitos essenciais a levar o imóvel ao leilão. Caso existam erros processuais, a gente consegue a suspensão. Mas mesmo suspendendo esse leilão por equívoco pessoal, se corrige o equívoco e se leva o bem a leilão novamente em uma data posterior oportuna", acrescentou.

"Em questão de pagar esse valor, o clube não tem a mínima condição. Qualquer acordo em cima do montante de 3,3 milhões é inviável para o clube. Se a gente dividir isso em 32 parcelas, são 32 parcelas de 100 mil reais. O clube não tem condições de pagar isso. No atual momento, é uma conta impagável. E a gente não vai fazer acordo de forma temerária às finanças do clube. Não vamos fazer acordo para nos livrar imediatamente de um problema e gerar um problema maior lá na frente", encerrou Bruno Becker.

 

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