A obsessão pelo G4 é grande. O Náutico, depois de um começo ruim de Série B, começa a engrenar e já tem três vitórias nos últimos cinco jogos, período que coincide com a chegada de Gilson Kleina. E com essa crescente, a oportunidade do Timbu de se aproximar de vez do grupo dos quatro melhores passa por uma vitória contra a Chapecoense nos Aflitos, nesta sexta-feira, às 21h30. Apesar de não ter a oportunidade ficar ainda em quarto, no mínimo, o Timbu chega aos 16 pontos e se iguala à Chape. Passo a passo, a equipe mira seu objetivo.
“Nós não conseguiremos entrar no G4 nesta rodada por causa dos critérios (de desempate), mas o importante é nos mantermos perto. O importante, como o Kleina diz, é seguirmos ‘namorando’ o G4, para quando entrarmos de vez, que vai ser o ‘casamento’, não sair mais dele”, afirmou o vice-presidente de futebol do Náutico, Diógenes Braga, em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal.
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Atualmente, a equipe catarinense disputou apenas sete jogos no campeonato, acumulando 76% de aproveitamento, dois gols sofridos, sete marcados e um bom desempenho desde a volta do futebol após a paralisação. São apenas quatro gols sofridos em 13 partidas disputadas. Uma mostra do poderio defensivo do time catarinense neste período. Na Série B, nas duas vezes que a Chape foi vazada aconteceram na derrota para o Cuiabá por 2x1, em jogadas de bola aérea que contaram com falhas da primeira linha de marcação. Um dos pontos que o Náutico pode explorar no confronto.
Para se defender, o Verdão forma duas linhas de com quatro jogadores, bem compactados e de rápida recomposição. Também gosta de pressionar a saída de bola do adversário, intercalando a marcação em linha alta e média, diminuindo o espaço para o atleta que estiver com a posse da bola. Apesar desse bom encaixe e uma dupla de zaga alta, a equipe catarinense tem alguns pontos que podem ser explorados, de acordo com as características do Náutico.
O primeiro é o espaço para finalizações de média e longa distância, dada pelos volantes Anderson Leite e Willian Oliveira. Quando um deles sai à caça na lateral, ou se aproxima dos zagueiros para reforçar o jogo aéreo, a entrada da área fica desprotegida. Boas possibilidades para aproveitar o potencial de Jean Carlos e outros atletas, como o Timbu soube utilizar na vitória diante do Botafogo-SP, com três gols de média ou longa distância. O segundo ponto que pode ser aproveitado, apesar de não ser tanto da característica alvirrubra, é a bola aérea, principalmente visando a segunda trave. Os laterais da Chapecoense apresentam dificuldades neste tipo de marcação. Com isso, os dois gols sofridos na Série B vieram desta forma, além de outros lances de perigo em que a equipe ficou exposta. Porém, debaixo da barra conta com o goleiro João Ricardo, que vem em ótima fase.
Ofensivamente, a Chape tem como principais nomes os atacantes Anselmo Ramón, Aylon e Paulinho Moccelin. Apesar de não ter um time tão forte ofensivamente - 24 gols marcados em 24 duelos na temporada, média de um por jogo mantida também na volta do futebol -, são esses jogadores os principais fatores de desequilíbrio da Chape. Boa parte das jogadas buscam a velocidade de Paulinho Moccelin na ponta-esquerda, habilidoso no um contra um. Os outros dois companheiros são atletas de característica de área, bons no jogo aéreo, mas que não ficam presos entre os zagueiros. Anselmo Ramón e Aylon se movimentam e trocam de posição, muitas vezes com o último aparecendo como um segundo atacante, jogando por trás do outro. O Náutico deve ficar atento às infiltrações nas costas de Hereda e manter o bom posicionamento da dupla de zaga. Assim, pode-se neutralizar bem o repertório ofensivo do adversário.
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