Em um país que enfrenta uma epidemia de cesáreas, Cecília pode escolher sua hora de vir ao mundo naturalmente. E a garotinha de menos de um dia de vida também decidiu quem seria a primeira pessoa a tê-la nos braços: o papai Bryan. Na manhã desta quinta-feira (1º), o lateral-direito do Náutico atuou improvisado diferente. Ele realizou o parto da esposa Myllena, ainda no prédio em que moram.
Bem matutina, Cecília acordou a mamãe às 5h30 da manhã. Era hora de entrar em campo. Myllena acordou Bryan e avisou que a bolsa havia estourado. Com tranquilidade, ela pediu apenas que o marido ligasse para o médico e a doula do casal. Afinal, ainda não haviam contrações fortes. Os especialistas pediram que Bryan contasse a periodicidade dos movimentos.
Daria tempo de chegar ao hospital. Mas Cecília os driblou. Ao sair do banho, Myllena passou a sentir contrações mais fortes. O casal chegou a dançar para aliviar as dores, mas a bebê já estava aquecida e pronta para estrear. Bryan colocou as bolsas em um braço e apoiou a esposa no outro. No hall de entrada do prédio, não dava mais para aguentar os passos.
O lateral alvirrubro havia estacionado do lado de fora e pediu para a esposa esperar enquanto pegava o veículo, mas não deu para deixá-la sozinha. "Quando foi chegando fora do prédio, na área de lazer, os porteiros viram e falaram para eu voltar. Falei não dava tempo e pedi para um deles buscar carro", contou Bryan.
Enquanto esperavam, Bryan tentou carregar Myllena no colo, mas ela pediu para ser colocada no chão, tamanha dor. Foi quando ela sentiu e mostrou ao marido que a filha não aguardaria a autorização do árbitro para nascer. Ou melhor, chegar ao hospital. Cecília estava coroando. "Coloquei a mão e a cabeça já estava do lado de fora. A neném já veio e se jogou nos meus braços", relembra o pai.
Nesse momento, o compadre Davi chegou com uma toalha para colocar Cecília e o porteiro chegou com o carro. Davi foi ligando o veículo e Bryan colocou Myllena dentro, rumo ao hospital para os primeiros cuidados de mãe e bebê. Depois de atuar improvisado como parteiro, o lateral garante que não escolheria outro modo de dar as boas vindas a Cecília.
"Foi bem emocionante. Estou querendo pegar as imagens do prédio. Foi sensacional. O dia mais feliz da minha vida sem dúvida. Fiquei muito feliz por ter passado esse momento. Se tivesse que escolher entre nascer no hospital ou dessa forma, escolheria dessa forma. Foi um momento único, maravilhoso", completou Bryan. Golaço de Cecília.
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