Documentação

Presidente do Náutico apresenta documentos de quitação de dívida com atacante Olivera

Documentos que comprovam o pagamento da dívida do Alvirrubro com o atacante uruguaio estão disponíveis na íntegra para o sócio do clube

Antonio Gabriel
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Antonio Gabriel
Publicado em 01/10/2020 às 17:55 | Atualizado em 01/10/2020 às 17:55
GUGA MATOS/ACERVO JC IMAGEM
Alvirrubro devia, aproximadamente, R$ 1,2 milhão ao atacante uruguaio, que passou pelo clube em 2013 e não deixou saudade - FOTO: GUGA MATOS/ACERVO JC IMAGEM

2.518 dias após o seu último jogo, a saída do atacante Juan Manuel Olivera do Clube Náutico Capibaribe foi concluída. O atleta, que hoje tem 39 anos e defende as cores do também alvirrubro River Plate-URU, deixou o Recife com cerca de R$ 428 mil em salários atrasados e acabou recebendo mais de R$ 1 milhão em acordo firmado junto ao Timbu e a FIFA.

A reportagem da Rádio Jornal foi convidada pelo atual presidente do Náutico, Edno Melo, até a sala dele na sede social do clube, no bairro dos Aflitos, onde documentos da quitação do débito com o atacante foram apresentados e disponibilizados. Ao lado do vice-presidente jurídico, Bruno Becker, Edno também deixou claro que os documentos estão disponíveis para qualquer sócio do clube. A atitude foi motivada pela declaração do ex-mandatário da equipe, Paulo Wanderley, à Rádio Jornal na última segunda-feira (28), duvidando do pagamento da dívida.

De início, foi apresentado um documento da FIFA datado de junho de 2018 notificando o Náutico do pagamento de uma dívida no valor de R$ 720 mil em 18 parcelas de R$ 40 mil com reajuste mensal de 1%. O documento também dava conta de um acordo similar feito em 2014, mas que acabou não tendo nenhuma parcela honrada.

Essa dívida, a época, impediu o Náutico de registrar novos jogadores em competições, com sanções ainda maiores (perda de pontos e rebaixamento) em caso de não cumprimento da determinação.

O acordo entre as partes aconteceu em meados de março do ano seguinte, liberando o Timbu para o registro de atletas e firmando o pagamento de cerca de R$ 1,2 milhão com o empresário do atleta, Miguel Gareppe, que concedeu entrevista à Rádio Jornal alegando falsificação de recibos por dirigentes de gestões anteriores do clube.

O pagamento envolveu parcelas pagas a partir da venda de atletas do Náutico. As negociações de Luiz Henrique (para o Moreirense-POR oficializada em julho de 2019), de Robinho (para o RB Bragantino oficializada em maio de 2019) e Jobson (vendido pelo então RB Brasil para o Santos em abril de 2019. Náutico tinha 20% dos direitos do atleta) foram cruciais.

O cronograma de pagamento e o valor das parcelas também foi disponibilizado para a Rádio Jornal juntamente com a documentação que registra a quitação da dívida, assinado pelo próprio Olivera e também por Edno Melo no último dia 24 de setembro. Até dezembro do ano passado, o Náutico já havia quitado cerca de R$ 460 mil do valor total da dívida, que acabou sendo reduzida para cerca de R$ 1 milhão visto que o atacante uruguaio aceitou receber cerca de R$ 500 mil de uma só vez dando fim ao passivo.

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