O Náutico vai saindo de um ano difícil na questão financeira, por conta da pandemia, com um saldo positivo. Vindo de queda de receitas, o clube tem honrado os compromissos internos com funcionários e atletas, e também consegue pagar as dívidas trabalhistas. Um exemplo disso é que, somente neste ano, o clube conseguiu quitar três grandes ações que, juntas, somavam R$ 1,9 milhão. A do atacante uruguaio Olivera, do técnico Milton Cruz e seu auxiliar Ivan Izzo, além do volante Derley. Além dessas, há outras de menor valor que também estão sendo pagas e outras que chegaram ou estão chegando a um acordo, como o do goleiro Ricardo Berna, que cobra aproximadamente R$ 2,5 milhões na Justiça, e do técnico Givanildo Oliveira, em torno de R$ 500 mil.
A intenção da direção do clube é de, no fim de novembro, publicar um levantamento para torcida do Náutico tomar conhecimento do destino de verbas que estão pagando ações trabalhistas e cíveis. É praticamente uma prestação de contas de quanto já se pagou e quanto segue sendo quitado pelo Alvirrubro.
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“A gente está fazendo um levantamento e espero agora no final de novembro, daqui a 30 dias mais ou menos, estar com esse levantamento pronto, planilha, e aí passar esses números para o associado, para a torcida e imprensa, do quanto essa gestão já conseguiu amortizar essas dívidas”, contou o vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker.
Ainda assim, o clube convive com várias tentativas de leilão de seus bens, como a garagem do remo, na Rua da Aurora, bairro de Santo Amaro, no Recife, e do terreno da Avenida Rosa e Silva, bairro dos Aflitos, onde a sede alvirrubra se localiza. No mês de outubro, seis tentativas de penhora foram adiadas ou chegaram a um acordo. Porém, a sombra de cobranças milionárias, como a dos volantes Martinez e Auremir, e do zagueiro Jean Rolt, que juntos chegam a praticamente R$ 10 milhões, ainda assombram o Náutico. A de Martinez, que defendeu o Alvirrubro entre 2012 e 2013, ultrapassa os R$ 3,3 milhões e teve a execução do leilão adiada. Inclusive, esse é o principal foco do Timbu a resolver nos próximos meses para conseguir manter a posse do imóvel.
“A gente está trabalhando, tentando fazer uma engenharia financeira para resolver o processo de Martinez. Existem outros processos menores que a gente sempre trabalha neles tentando acordo. E quando chegamos num consenso, se faz. Mas o desafio maior nesses meses de novembro e dezembro é de fazer um acordo com Martinez”, concluiu Bruno Becker.
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