DÍVIDAS

Com a dificuldade financeira, Conselho Gestor do Santa Cruz vem procurando administrar pagamento de passivos

Sem a captação de receitas fixas (bilheteria, patrocínios e sócios), a diretoria tricolor vem encontrando dificuldades para honrar todos os acordos

JC
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Publicado em 03/04/2020 às 20:34 | Atualizado em 03/04/2020 às 23:05
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ARQUIBANCADAS VAZIAS Santa Cruz, Sport e Náutico ainda não sabem quando poderão receber seus torcedores nos estádios outra vez. Governo ainda não sinalizou os testes - FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

A paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus não está dificultando apenas a situação financeira de jogadores e funcionários dos clubes. Sem a captação de receitas fixas (bilheteria, patrocínios e sócios), as diretorias também estão encontrando dificuldades para honrar os compromissos dos passivos existentes. No Santa Cruz não é diferente. Entretanto, o Conselho Gestor Tricolor explica como vem procedendo nesse período de dificuldades financeira.

"Nesse momento precisamos ter cautela para saber o desenrolar dessa pandemia. Quando voltar à normalidade, vamos voltar os pagamentos dos acordos que temos. A maioria deles foram realizados no início da gestão de Constantino Júnior, em 2018. O acordo englobou atletas que tinham saído em anos anteriores, 2016 e 2017. O clube também começou a fazer um levantamento das dívidas existentes com os credores e a fazer a negociação de acordos. O montante só de 2018 e 2019 chegou a R$ 6,3 milhões. Desses já foram pagos 50% da dívida, o restante segue parcelado... Tem alguns (parcelamentos) que vão até 2028, mas todos eles estão sendo controlados. Tem atletas inativos (que se aposentaram), outros que estão no clube, fornecedores, funcionários, administrativo. São dívidas que existem, mas que voltando o fluxo de caixa vamos conseguir honrar os acordos", falou Ítalo Mendes, membro do conselho gestor do Santa Cruz, em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal.

Ainda segundo Mendes, além das contas mensais, de funcionários e jogadores que estão prestando serviço ao clube, a diretoria tricolor tem uma folha paralela que precisa honrar, justamente dos acordos negociados. "A nossa folha paralela gira em torno de R$ 85 mil pra conseguir manter os acordos em dia. Vários já foram quitados, mas tem outros com atletas, funcionários. Estamos dando prioridade a isso para não gerar mais passivo para o clube. De 2018 pra cá, o núcleo de gestão vem trabalhando para não aumentar esse passivo e, sempre que possível, negociando para diminuirmos", contou.

CASO AUGUSTO

No caso do atacante Augusto, que deixou o Santa Cruz em litígio (via justiça), Ítalo Mendes explicou que todo acordo judicial vem sendo honrado. "O que posso garantir é que todos os acordos judiciais, em vigência, o clube está pagando rigorosamente em dia, até porque não pode ser descumprido para não termos problemas futuros com bloqueios ou penhora de alguma coisa. O clube está trabalhando com isso com tranquilidade", garantiu o membro do conselho gestor.

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