Dívida

Por não receber R$ 2 milhões do Sport, meia Marlone pede penhora e direitos econômicos do clube

Sport deveria ter pago débito com o jogador até o fim de abril, mas não fez esse pagamento. Dívida é referente ao ano de 2018

Lucas Holanda
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Lucas Holanda
Publicado em 02/06/2020 às 10:46 | Atualizado em 02/06/2020 às 10:46
SPORT CLUB DO RECIFE
Marlone defendeu o Sport em 2015 e 2018. - FOTO: SPORT CLUB DO RECIFE

O ano de 2018 ainda segue atormentando o Sport. Isso porque, até o fim de abril, o Leão deveria ter pago débitos trabalhistas no valor de R$ 2.186.893, 63 ao meia Marlone, que defendeu as cores rubro-negra no ano retrasado - e também em 2015 - e hoje está no Suwon Fc, da Coreia do Sul - país onde o futebol já retornou, inclusive. No entanto, o Sport não pagou esse valor e, por conta do atraso, a Justiça autorizou que o ex-meia rubro-negro solicitasse bens passíveis de penhora, desde que não fossem ativos financeiros. Esta ação ocorre no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região.

"Considerando o requerimento do devedor, SPORT CLUB DO RECIFE, no ID31c44f3, cumpre dizer, em virtude da resolução n.º 01/2003 da 12ª Vara do Trabalho do Recife, onde estão centralizadas as execuções contra os grandes clubes da Capital, que não será determinada nenhuma medida que vise a constrição de ativos financeiros dele", diz o primeiro parágrafo do processo.

"Quanto ao mais, dê-se ciência ao Exequente, da petição ID 31cc44f3, para que requeira o que entender de direito, indique meios para prosseguimento da execução ou bens passíveis de penhora, desde que não sejam ativos financeiros, sob pena de paralisação do processo. Prazo de cinco dias", diz o segundo parágrafo.

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Na última quarta-feira, o Meia Marlone, por meio de seus advogados, indicaram quatro veículos que pertencem ao Sport e também solicitaram ofício à CBF para que sejam informados quais atletas o clube rubro-negro possui direito econômico e o percentual. O curioso é que, por conta de outras dívidas, os quatro automóveis indicados pelos advogados já estão penhorados em outros processos.

Marlone cobra do Sport salários atrasados, direito de imagem, férias, 13º, multas em atraso, honorário dos advogados e o custo do processo. Esses débitos são de 2018, quando o presidente do Leão era Arnaldo Barros. Neste mesmo ano, o meia teve uma passagem bem apagada pelo Sport. Chegou com grande expectativa, já que tinha feito um bom 2015, mas não conseguiu repetir a dose e foi reserva da equipe em boa parte dos jogos. Ao todo, foram 45 partidas e apenas sete gols marcados.

Além de Marlone, o Sport também precisa resolver dívidas a curto prazo com Mark González, débito que impede o Leão de inscrever novos atletas; a compra de André em 2017, onde o clube ainda não pagou e que está na Fifa; e também a parcela com o ex-goleiro Magrão, que conseguiu uma liminar favorável na justiça.

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