Caso algum submarino americano faça um lançamento de míssil, independente de carregar ou não ogivas atômicas, a Rússia ameaçou diretamente os Estados Unidos com um ataque nuclear maciço.
Quem passou o recado foi o Ministério das Relações Exteriores, como resposta a uma escalada feita pelo governo americano, e pode ser tomado como uma afirmação de força em meio à pandemia do coronavírus.
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Os EUA chegaram a anunciar, no início do ano, que equiparam um primeiro submarino lançador de mísseis balísticos Trident com uma nova ogiva de potência reduzida de cinco kilotons, ou seja, um terço da força da bomba que destruiu a cidade de Hiroshima em 1945.
De acordo com a doutrina nuclear americana implantada por Trupm em 2018, o uso dessas armas que visam anular alvos militares restritos, poderia ser aceitável em algum momento. Ele alega que os russos já possuiam a arma, mas não admitem.
Por sua vez, a porta-vos do ministério russo, Maria Zakharova, afirmou que essa movimentação "aumenta o risco de um conflito nuclear". "Eu gostaria de enfatizar que qualquer ataque de um submarino americano de mísseis balísticos, independentemente de suas características, será percebido como um ataque de armas nucleares. De acordo com a nossa doutrina militar, uma ação dessa será considerada motivo para o uso retaliatório de armas nucleares pela Rússia", avisou.
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Embora a decisão de Trump de colocar em uso a ogiva W76-2 no submarino USS Tennessee já tivesse provocado críticas de parlamentares russos, agora, a discussão foi para um patamar importante.
Por isso, o presidente Vladimir Putin tem criticado sistematicamente os movimentos de Trump, dizendo que ele aumenta o risco de uma guerra nuclear.
Putin está avançando com relação ao desenvolvimento de novas armas estratégicas, como mísseis hipersônicos e novos ICBMs (mísseis intercontinentais pesados).
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As duas potências são indiscutíveis no campo, herança da Guerra Fria, tendo uma quantidade de mísseis mais do que suficientes para erradicar a civilização, com 92% das ogivas no mundo.
Especialistas alertam que as ações americanas tornam o risco de algum acidente acontecer maior por conta do consenso de Trump com o uso de armas de baixa potência, no caso de conflitos com a Coreia do Norte e o Irã. Mas pela fala de Zakharova, qualquer ataque terá uma reação, tendo em vista que os dois Países rivais dos EUA têm relação com a Rússia.
O Pentágono ainda fez a divulgação de um exercício de guerra nuclear, o qual os russos atacavam primeiro um alvo da Otan, com uma bomba de baixa potência.
No que lhe diz respeito, a Rússia segue a rotina de exercícios militares, com ações semanais em diversas regiões e patrulhas aéreas.
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