A pandemia do novo coronavírus atinge com força os Estados Unidos, com um aumento expressivo de casos no sul e oeste do país, e continua devastando o Brasil, e segue se acelerando na América Latina, especialmente em países como o Brasil e o México.
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Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quinta-feira (25) para o aumento de casos na Europa.
Os Estados Unidos, país do mundo com maior número de mortes e casos, registrou nas últimas 24 horas mais de 35.900 novos contágios, principalmente no sul e oeste do país, marcando um ritmo de contágio que não se via desde abril.
Nesta quinta-feira (25), o estado do Texas registrou 5.966 novos casos do novo coronavírus, um recorde, e anunciou que imporia uma "pausa temporária" no desconfinamento, após ter sido um dos primeiros estados a promovê-lo.
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O número de contágios no maior estado do país superou por três dias seguidos os 5.000 e o número de hospitalizações dobrou em duas semanas.
"Caso isso não seja contido nas duas próximas semanas, ficará totalmente fora de controle", ressaltou o governador republicano do Texas, Greg Abbott.
No total, 2,4 milhões de pessoas contraíram a doença na maior economia do mundo, com mais de 125.000 mortos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Nesta quinta, o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Robert Redfield, informou que entre 5% a 8% da população americana foi infectada, segundo projeção com base em testes sorológicos.
Isso equivale a dez vezes os números oficiais e mostra que cerca de 24 milhões de pessoas teriam contraído o vírus no país.
Vinte e nove estados enfrentam um ressurgimento dos casos de coronavírus, em um momento em que o país segue lutando contra do desemprego gerado pela pandemia, com cerca de 1,48 milhão de novas demissões, segundo dados semanais publicados pelo Ministério do Trabalho americano.
No Brasil, o segundo país mais afetado pela pandemia, os contágios e mortes por coronavírus aumentam de forma vertiginosa. Nas últimas 24 horas foram registrados 39.483 novos casos e 1.141 mortes, de acordo com o ministério da Saúde.
Com quase 212 milhões de habitantes, o país acumula 54.971 óbitos e 1.228.114 casos confirmados.
O presidente Jair Bolsonaro, que minimizou em várias oportunidades a gravidade da pandemia, usou máscara em um ato oficial em Brasília nesta semana, depois que um juiz do Distrito Federal determinou na segunda-feira que ele deveria utilizar a peça obrigatoriamente em locais públicos, sob risco de multa.
A América Latina e o Caribe somam 2,28 milhões de casos e 104.905 mortes, segundo contagem da AFP baseada em dados oficiais. Mas a região ainda não alcançou o pico da epidemia, segundo a OMS.
O México superou nesta quinta as 25.000 mortes e os 200.000 contágios por COVID-19, quase quatro meses depois de o vírus chegar a este país de 127 milhões de habitantes.
Na América do Sul, a Argentina superou os 50.000 casos, às vésperas do endurecimento das restrições ao confinamento no grande epicentro da doença, a cidade de Buenos Aires e seus arredores.
Enquanto isso, no Peru, fortemente atingido pela doença e com 8.761 mortos, um grupo de sindicatos alertou nesta quinta que há 1.850 médicos doentes e 65 mortos pela COVID-19.
E no Panamá, a lenda do boxe Roberto "Mãos de Pedra" Durán testou positivo para a COVID-19 no mesmo dia em que o país centro-americano bateu recorde diário de contágios, ao somar 1.007 casos em 24 horas, totalizando mais de 29.000.
Ressurgimento "muito significativo"
A OMS informou que a Europa tem registrado diariamente cerca de 20.000 novos casos e 700 mortes pela COVID-19.
"Na semana passada, a Europa registrou um aumento no número de casos semanais pela primeira vez em meses. Em 11 países, a transmissão acelerada levou a um ressurgimento muito significativo que, se não for controlado, levará novamente ao limite os sistemas de saúde europeus", afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em Copenhague.
Até o momento, o continente europeu contabiliza 194.760 vítimas fatais e 2.593.262 contágios. No mundo, a pandemia provocou mais de 485.000 mortes e 9,5 milhões de casos, de acordo com balanço atualizado da AFP, elaborado com base em dados oficiais.
Na terça-feira, por exemplo, a Alemanha determinou o retorno do confinamento de uma região ondem vivem 600.000 pessoas devido ao surgimento de um foco de infecções no maior matadouro da Europa.
Na Espanha, onde a pandemia deixou 28.330 mortos, as autoridades sanitárias indicaram que analisam com preocupação três novos surtos.
Apesar do alerta, a Torre Eiffel reabriu nesta quinta depois de mais de 100 dias fechada.
"Estou quase chorando, mas é de felicidade", disse à AFP Therese, uma das primeiras visitantes a subir novamente no espaço turístico, usando máscara para cumprir as normas sanitárias.
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