com informações do G1
Um estudo realizado por cientistas norte-americanos apontou que a mutação que tornou o coronavírus mais infeccioso, nomeada D614G, pode ter o deixado mais vulnerável às vacinas. Segundo a pesquisa liderada pelo cientista Drew Weissman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, as vacinas em desenvolvimento neutralizam a proteína S, responsável por formar os spikes (espinhos), que foram aumentados na mutação genética do novo vírus. Segundo os pesquisadores, ao menos cinco vacinas com o objetivo de combater os spikes estão em fase final de testes.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram testes em ratos, macacos e humanos. Primeiro, um soro com anticorpos foi aplicado em alguns indivíduos. Em seguida, colocaram um vírus modificado para conter apenas a proteína S, não deixando riscos aos voluntários de contraírem a covid-19.
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Após esses processos, os cientistas perceberam que, nos indivíduos que receberam o soro com anticorpos, a mutação genética apresentou dificuldade de acoplar o vírus na célula que seria invadida.
Vacinas em desenvolvimento
Uma das vacinas contra o novo coronavírus está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Os testes tiveram início no dia 21 de julho, e a primeira pessoa a receber a vacina foi uma médica do Hospital das Clínicas (HC) que não teve a identidade revelada. o todo, nove mil voluntários vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa. O governo estima que o estudo deverá ser concluído até outubro.
Nessa segunda-feira (27), o governador João Doria (PSDB) anunciou que a Coronavac deve estar disponível em janeiro de 2021 de forma gratuita. "A quantidade necessária para iniciar a imunização da população brasileira, pode ser aplicada já no início de janeiro com o SUS, com aplicação gratuita em toda população", disse durante entrevista.
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Segundo Doria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve autorizar a distribuição da Coronavac no início de dezembro de 2020. Atualmente a vacina se encontra na fase 3, realizada em 9 mil voluntários no Brasil, e os testes devem ser concluídos em outubro.
A outra vacina está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e é uma das mais promissoras. A candidata à vacina e mostrou segura e produziu resposta imune em ensaios clínicos iniciais em voluntários saudáveis, informaram cientistas da instituição no dia 20 de julho. Os testes foram realizados com mil voluntários saudáveis, entre 18 e 55 anos. O registro dessa vacina pode ser liberado em junho de 2021.
Normalmente, a vacina levaria 18 meses para ser aprovada. Mas os cientistas estão confiantes de que conseguirão encurtar este período para 12 meses se os resultados forem positivos. Por isso, segundo Soraia Smaili, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena os testes no País, tendo os primeiros resultados no fim deste ano, o registro já poderia ser obtido até meados do ano que vem.
Essa redução é possível porque a vacina está sendo testada simultaneamente em 50 mil pessoas em todo o mundo, um número recorde. No Brasil, são 5 mil pessoas: duas mil em São Paulo, duas mil na Bahia e mil no Rio de Janeiro. A redução de tempo foi possível também por se tratar de uma por se tratar de uma vacina emergencial.
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