Uma forte explosão aconteceu na região portuária de Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (4). As informações se deram a partir de testemunhas do incidente nas redes sociais e pelas redes de TV locais. De acordo com a agência internacional AFP, as explosões podem estar ligadas a "materiais explosivos" confiscados e armazenados em um armazém "por anos", conforme declarou uma autoridade da segurança libanesa.
— The Fraud Master (@LedditMoment) August 4, 2020
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Emissoras de TV locais informam que a explosão ocorreu dentro de uma área onde fogos de artifício eram armazenados.
Informações iniciais reportam duas explosões com dezenas de feridos. Uma onda de choque foi registrada após o impacto, danificando carros e prédios que estavam próximos ao local.
A área portuária foi isolada pelas forças de segurança, que só permitem a passagem de agentes da defesa civil, o balé de ambulâncias com suas sirenes e caminhões de bombeiros.
Os jornalistas foram proibidos de acessar a zona, segundo um correspondente da AFP.
Nas proximidades do distrito portuário, os danos e a destruição são enormes.
A mídia local transmitiu imagens de pessoas presas em escombros, algumas cobertas de sangue.
Segundo informações preliminares da imprensa local, as explosões resultaram de um incidente no porto de Beirute.
Mas as circunstâncias e os detalhes do incidente permanecem desconhecidos.
"Os prédios estão tremendo", tuitou um morador da cidade, dizendo que "todas as janelas do (seu) apartamento explodiram".
Segundo um outro, a explosão foi ouvida por quilômetros.
De acordo com os correspondentes da AFP, muitos residentes feridos andam nas ruas em direção a hospitais. No bairro de Achrafieh, os feridos correm para o Hôtel Dieu.
Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos, segundo um correspondente da AFP.
Quase todas as vitrines das lojas dos bairros de Hamra, Badaro e Hazmieh estavam quebradas, assim como os vidros dos carros. Carros foram abandonados nas ruas com os airbags inflados.
O Líbano atravessa sua pior crise econômica em décadas, marcada por depreciação monetária sem precedentes, hiperinflação, demissões em massa e restrições bancárias drásticas, que alimentam há vários meses o descontentamento social.
Há uma semana, após meses de relativa calma, Israel disse que frustrou um ataque "terrorista" e abriu fogo contra homens que cruzaram a "Linha Azul" entre o Líbano e Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atribuiu a infiltração ao Hezbollah, um movimento armado pró-iraniano muito influente no sul do Líbano e que o Estado judeu considera como seu inimigo.
Acusado de "brincar com fogo", o Hezbollah negou qualquer envolvimento.
Renúncia do Chanceler
Embora não tenha relação confirmada, a explosão acontece um dia depois da renúncia do Chanceler libanês, o ministro de Relações Exteriores, Nassif Hitti. A justificativa da renúncia foi com um alerta de que o País corre o risco de se tornar um "Estado falido".
O anúncio é visto como um novo golpe contra o governo Hassan Diab, que tenta aprovar reformas para destravar financiamentos internacionais e tirar o Líbano de sua pior crise econômica desde o fim da guerra civil, em 1990.
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