Imagem de um conjunto de estrelas que está a mais de 12 bilhões de anos-luz da Terra foi divulgado nessa quarta-feira (12) por astrônomos europeus na revista "Nature". O estudo de galáxias distantes permite que pesquisadores entendam a evolução dessas estruturas desde a formação do universo. Trata-se da SPT0418-47, uma das mais distantes galáxias conhecidas do Universo. As informações são do G1.
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A foto mostra a galáxia quando o Universo tinha "apenas" 1,4 bilhão de anos, ou seja, dá uma ideia de como eram os primeiros bilhões de anos depois do Big Bang. Para os pesquisadores, o registro de um anel de luz estável desfaz a ideia de que as galáxias desse período eram todas turbulentas.
Cientistas de instituições da Alemanha e da Holanda foram os responsáveis pela captura da imagem, que foi divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Os pesquisadores utilizaram os recursos do observatório Alma (Atacama Large Millimiter Array), no Chile.
Semelhanças com a Via Láctea
Há duas semelhanças da SPT0418-47 com a Via Láctea, galáxia que abriga a Terra: ambas são um disco que gira em torno do próprio eixo e formam uma aglomeração de estrelas ao redor do centro galático, conforme explicaram os pesquisadores. A Via Láctea, no entanto, tem braços em espiral, diferentemente da SPT0418-47.
O resultado representa uma novidade no campo da formação das galáxias ao mostrar que estruturas que observamos em galáxias espirais próximas e na nossa Via Láctea já existiam 12 bilhões de anos atrásFrancesca Rizzo, doutoranda no Instituto Max Planck de Astrofísica (Alemanha)
Apesar das semelhanças com a Via Láctea, a SPT0418-47 pode ter se desenvolvido de outra forma, dizem os estudiosos, que pretendem, em estudos futuros, vão desvendar se galáxias circulares como a SPT0418-47 são de fato comuns no Universo — o que abre caminho para novas pesquisas sobre a evolução dessas estruturas espaciais.
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O resultado representa uma novidade no campo da formação das galáxias ao mostrar que estruturas que observamos em galáxias espirais próximas e na nossa Via Láctea já existiam 12 bilhões de anos atr&a
Francesca Rizzo, doutoranda no Instituto Max Planck de Astrofísica (Alemanha)
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