Saúde

Repelente para insetos pode matar coronavírus, afirma estudo

O produto foi aplicado diretamente sobre o SARS-CoV-2 em forma de gota e sobre uma "pele sintética" de látex. Em ambos os casos, foi eficaz contra o vírus

AFP
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Publicado em 26/08/2020 às 14:11 | Atualizado em 26/08/2020 às 14:12
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Dos 22 pacientes que vieram a óbito, 19 apresentavam comorbidades confirmadas - FOTO: REPRODUÇÃO

Um produto químico usado em repelentes de insetos, cujo componente ativo vem do eucalipto, pode neutralizar a cepa do coronavírus que causa a COVID-19 - de acordo com um estudo publicado pelo Ministério britânico da Defesa nesta quarta-feira (26). Cientistas do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa (DSTL, sigla em inglês) descobriram que o citriodiol, usado em produtos contra mosquitos, como o Mosi-guard, tinha propriedades antivirais aplicadas ao vírus em estado líquido e em uma superfície de teste.

O produto foi aplicado diretamente sobre o SARS-CoV-2 em forma de gota e sobre uma "pele sintética" de látex, relatou o Ministério em uma nota. Em ambos os casos, foi eficaz contra o vírus. Em alta concentração, o "Mosi-guard resultou em uma diminuição significativa" dessa cepa de coronavírus, acrescenta o comunicado.

O citriodiol é feito do óleo extraído das folhas e do caule do eucalipto citriodora, que cresce na América do Sul, na África e na Ásia, e já se sabia que pode matar outros tipos de coronavírus. O estudo não foi revisado externamente por outros cientistas. De acordo com o Ministério da Defesa, seu objetivo é servir de "base para outras organizações científicas que estão investigando o vírus e suas possíveis soluções".

"O DSTL espera que as descobertas desta pesquisa possam ser usadas como um trampolim para que outras organizações ampliem e desenvolva a pesquisa, assim como para confirmar as descobertas desta publicação", afirma a pasta. Em maio, o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, disse que as Forças Armadas de seu país estavam usando o repelente de insetos como proteção adicional contra o coronavírus, após receber a confirmação de que não era nocivo.

 

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