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Covid-19: dois terços dos estudantes no mundo todo continuam em casa

De um total de 1,5 bilhão de crianças na escola, do pré-primário ao ensino médio no mundo, 900 milhões devem retornar às salas de aula entre agosto e outubro

AFP
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Publicado em 01/09/2020 às 10:07 | Atualizado em 01/09/2020 às 10:08
YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM
De acordo com o diretor executivo do Sinepe, a sugestão é de que, com o retorno, as atividades fiquem 50% presenciais, e 50% remotas - FOTO: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM

Apenas um em cada três alunos no mundo volta à escola ao fim deste verão boreal (inverno no Brasil), enquanto os demais ainda estão "sem escola", ou "na incerteza" causada pela covid-19, informou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em um comunicado.

De um total de 1,5 bilhão de crianças na escola, do pré-primário ao ensino médio no mundo, 900 milhões devem retornar às salas de aula entre agosto e outubro, já que as demais têm um calendário escolar diferente. Cerca de 128 milhões já voltaram às aulas, e outras 433 milhões, de 155 países, farão o mesmo nas próximas semanas, ou seja, um total de 561 milhões de alunos, afirma a Unesco.

Em torno de 1 bilhão de alunos, ou seja, dois terços da população escolar mundial, permanece no entanto "sem escola, ou em situação de incerteza", diz a Unesco, neste 1º de setembro, dia de volta às aulas em vários países europeus. "Mais da metade dos 900 milhões de alunos que iniciam o novo ano letivo deve seguir o ensino a distância - no todo, ou em parte", completa a organização.

A Unesco está alarmada com a situação - escolas fechadas, ensino a distância, incertezas, desescolarização - e alerta sobre seu impacto nas populações mais vulneráveis, principalmente as meninas. Por isso, pede às autoridades educacionais que garantam um rápido retorno à escola, adotando medidas que visem à saúde e à segurança de alunos e professores.

"A crise educacional continua séria", afirma a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, citada no comunicado.

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