EUA
Para especialistas, invasão do Capitólio é resultado de retórica de ódio
Membros de grupos menores de supremacia branca e neonazistas também foram vistos na multidão
A invasão do Congresso norte-americano por manifestantes violentos, ocorrida nesta quarta-feira, é um produto chocante, mas resultado de anos de violência e retórica de ódio alimentada por teorias de desinformação e conspiração, avaliam especialistas em extremismo de extrema direita. "Se você está surpreso, não tem prestado atenção", disse a diretora executiva do Integrity First for America, Amy Spitalnick. "Todos nós deveríamos estar horrorizados com isso, mas ninguém deveria se surpreender que isso esteja acontecendo."
- Twitter e Facebook bloqueiam contas de Donald Trump temporariamente
- Após invasão, Congresso retoma sessão para certificar vitória de Biden
- Vitória de Joe Biden é confirmada pelo Congresso americano após momentos de tensão no Capitólio
- Polícia americana identifica mulher morta na invasão do Capitólio
- Trump reconhece que seu mandato terminou e pede 'transição em ordem'
- Quatro pessoas faleceram durante invasão ao Capitólio, nos EUA, diz polícia
- 'Furiosa', Merkel culpa Trump por confrontos em Washington
Membros de grupos de extrema direita, incluindo os violentos Proud Boys, juntaram-se à multidão que se formou em Washington para torcer pelo presidente Donald Trump, enquanto ele os instava a protestar contra a contagem dos votos do Colégio Eleitoral pelo Congresso, que confirmaria a vitória do presidente eleito Joe Biden. Membros de grupos menores de supremacia branca e neonazistas também foram vistos na multidão. A multidão de apoiadores de Trump no Capitólio também incluía adeptos do "Exército Groyper", uma rede de supremacistas brancos.
Oren Segal, vice-presidente do Centro de Extremismo da ADL, disse que avistou membros de outros grupos de supremacia branca e neonazistas entre as multidões pró-Trump em Washington. Para ele, o ataque ao Capitólio é a "conclusão lógica para o extremismo e o ódio sem controle" durante a presidência de Trump. "Tínhamos teorias da conspiração incitando as pessoas a agir no local. Tínhamos a fusão de narrativas convencionais e extremas", disse Segal.