Covid-19 desaparecerá nos Estados Unidos a partir de abril, prevê professor da Universidade Johns Hopkins
De acordo com ele, a imunidade "natural" do país é o fator-chave para encerrar a propagação do vírus
Em um artigo, o cirurgião Marty Makary, professor da Universidade Johns Hopkins, afirmou que a pandemia do novo coronavírus, nos Estados Unidos, pode terminar em abril. De acordo com ele, a imunidade "natural" do país é o fator-chave para encerrar a propagação do vírus.
"Minha previsão de que a covid-19 praticamente desaparecerá em abril baseia-se em dados de laboratório, dados matemáticos, literatura publicada e conversas com especialistas. Mas também se baseia na observação direta de como os testes têm sido difíceis de obter, especialmente para os pobres", escreveu Makary em artigo no Wall Street Journal.
O médico afirma, também, que os casos de covid-19 caíram 77% nos Estados Unidos nas últimas seis semanas, e para ele isso acontece por conta de uma imunidade natural, já que o comportamento dos norte-americanos não teria mudado repentinamente em relação às medidas de isolamento social.
"Os americanos viajaram mais no Natal do que desde março. As vacinas também não explicam a queda acentuada em janeiro. As taxas de vacinação eram baixas e levam semanas para fazer efeito", disse.
Além disso, Makary argumentou sobre a denominada "imunidade coletiva", ou "de rebanho". Este tipo de imunidade, segundo ele, ocorre quando um número maior de pessoas se torna imune a um vírus, o que faz a sua disseminação ser interrompida. No artigo, ele chegou a citar a capital amazonense, Manaus.
"A imunidade do rebanho foi bem documentada na cidade brasileira de Manaus, onde pesquisadores do Lancet relataram que a prevalência de infecção anterior por Covid-19 era de 76%, resultando em uma redução significativa da infecção. Os médicos estão observando uma nova cepa que ameaça escapar da imunidade anterior. Mas os países onde surgiram novas variantes, como Reino Unido, África do Sul e Brasil, também estão observando quedas significativas nos novos casos diários", escreve ele.
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Por fim, o cirurgião defendeu a retomada das atividades econômicas do país, bem como dos serviços das escolas. "À medida que incentivamos todos a tomar a vacina, também precisamos reabrir escolas e a sociedade para limitar os danos de fechamentos e isolamento prolongado. O planejamento de contingência para uma economia aberta até abril pode trazer esperança para aqueles que estão em desespero e para aqueles que fizeram grandes sacrifícios pessoais".