Vulcão das Ilhas Canárias continua agressivo e abrindo novas fissuras
Enquanto os cientistas registram oito terremotos de magnitude 3,5, rochas derretidas vermelha e laranja são expelidas para o mar
O vulcão nas Ilhas Canárias da Espanha abriu mais duas fissuras, e segue em intensa atividade, segundo relatos de autoridades ao The Guardian. Enquanto os cientistas registram oito terremotos de magnitude 3,5, rochas derretidas vermelha e laranja são expelidas para o mar.
O vulcão Cumbre Vieja estava "muito mais agressivo", quase duas semanas depois de entrar em erupção na ilha de La Palma, disse Miguel Ángel Morcuende, diretor técnico do departamento de resposta de emergência a vulcões das Ilhas Canárias.
Durante a noite, os cientistas registraram oito novos terremotos de magnitude 3,5. A erupção estava enviando gás e cinzas a até 6.000 metros no ar, disseram as autoridades. A evacuação de mais de 6 mil pessoas desde 19 de setembro contribuiu para evitar vítimas.
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Os danos materiais são muitos e a lava havia destruído 870 edifícios no dia 1º de outubro, além de cobrir 246 hectares de terreno, segundo o sistema de medida geoespacial Copernicus.
Depois de percorrer seis quilômetros nos primeiros dias de erupção e de ter quase parado depois, o ardente fluxo de lava finalmente chegou ao mar na madrugada de terça para quarta-feira, gerando grandes quantidades de fumaça e gás tóxico.
Para evitar intoxicações, foi estabelecido um perímetro de segurança de 3,5 quilômetros, além de uma zona de exclusão marítima de duas milhas náuticas. As autoridades da ilha pediram aos moradores de vários bairros que se confinassem em suas casas.
A concentração de dióxido de enxofre aumentou nas últimas horas em Tazacorte, o município mais próximo, onde a lava chega ao Atlântico, enquanto as partículas de cinzas ganhavam densidade em toda a região.
Contudo, a qualidade do ar não é preocupante, afirmou o diretor do Plano Especial de Proteção Civil e Atenção de Emergências por Risco Vulcânico das Canárias (Pevolca), Miguel Ángel Morcuende.
De visita à ilha nesta sexta-feira, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, tentou tranquilizar os cidadãos de La Palma, afirmando que a reconstrução das áreas afetadas seria uma "prioridade" para o governo.