Baleia beluga aparece no Rio Sena, na França, e autoridades se mobilizam para fazer resgate; veja imagens
A baleia beluga, que vive habitualmente em águas frias, foi parar no rio mais famoso da França
As autoridades francesas e ONGs estavam mobilizadas nesta sexta-feira (5) para ajudar uma beluga, uma espécie de cetáceo que vive habitualmente em águas frias, que foi avistada na terça-feira (2) no Rio Sena.
Nesta sexta (5), a baleia beluga estava entre duas eclusas a meio caminho entre Paris e o porto de Le Havre, onde o Sena deságua.
As autoridades francesas lançaram um alerta e pediram a "toda a população que não tente se aproximar ou entrar em contato com o animal".
"Mesmo se aproximar com muito cuidado é difícil porque ele faz muitas mudanças de direção", disse Gérard Mauger, vice-presidente do Grupo de Estudos de Cetáceos Cotentin (GEEC).
A beluga tinha hoje "o mesmo comportamento de ontem [quinta-feira], está muito esquiva, faz aparições muito curtas na superfície, seguida de longas apneias", acrescentou o dirigente.
O Sena, "muito poluído" e "muito barulhento" devido à navegação pesada, "não é muito acolhedor" para os cetáceos sensíveis ao ruído, diz a associação Sea Shepherd.
No dia anterior, o estado de saúde da beluga, que chega a quatro metros de comprimento na idade adulta, foi considerado "preocupante" pela prefeitura de Eure, departamento no noroeste da França onde o animal foi avistado.
Em maio, uma orca se viu em apuros no Sena. As operações para tentar salvá-la falharam e o animal acabou morrendo de fome.
A necropsia confirmou a "má condição física" da orca, uma fêmea "imatura" de mais de quatro metros e 1.100 kg, e revelou uma bala alojada na base do crânio do mamífero.
Este triste resultado "é o que queremos evitar com a beluga. Para nós, é necessário fazer um teste de DNA rapidamente para descobrir sua origem e realizar uma repatriação", disse à AFP a presidente da Sea Shepherd, Lamya Essemlali.
De acordo com o observatório Pelagis, especialista em mamíferos marinhos, esta é a segunda beluga encontrada na França depois que um pescador no estuário do Loire (centro) capturou inadvertidamente uma em suas redes em 1948.