China acelera vacinação de idosos contra covid após reunião do Conselho Estatal

Pequim determinou um menor intervalo entre as doses de vacina contra covid
Cássio Oliveira
Publicado em 29/11/2022 às 8:09
Testagem de covid-19 em Xi'an, na China Foto: STR / AFP


Com informações do Estadão Conteúdo

O Conselho Estatal da China realizou reunião sobre os recentes protestos contra as medidas do governo de Xi Jinping para conter o coronavírus, em estratégia conhecida como "covid-zero".

Sem abrir mão da postura rígida, o Conselho determinou que "províncias, regiões autônomas e municipalidades" reforcem a vacinação de idosos, com atenção especial para os chinesas com mais de 80 anos, já que são mais vulneráveis ao vírus.

Vacinação

Para acelerar a imunização, Pequim determinou um menor intervalo entre as doses e aprovou novas combinações de vacinas diferentes.

O governo chinês ordenou ainda que as autoridades locais adotem estratégias mais "diversificadas" de combate ao vírus, de forma a terminar com métodos "simplificados" de abordagem única.

A reunião do Conselho foi recebida com certo desapontamento por alguns participantes do mercado, que esperavam alterações mais concretas na política de covid-zero.

Covid-zero

A política de "covid-zero", que visa isolar todas as pessoas infectadas, ajudou a manter o número de casos da China menor do que o dos Estados Unidos e outros países importantes. Mas as pessoas em algumas áreas ficaram confinadas em casa por até quatro meses e dizem que carecem de suprimentos confiáveis de alimentos.

O governo chinês prometeu reduzir as restrições alterando a quarentena e outras regras. Mas a aceitação do público está se esgotando depois que um aumento nas infecções levou as cidades a apertarem os controles, alimentando reclamações de que o excesso de fiscalização está prejudicando a população.

O jornal do Partido Comunista, People's Daily, pediu que sua estratégia antivírus fosse executada de forma eficaz, indicando que o governo de Xi não tem planos de mudar de rumo.

Biden 'monitora' as manifestações na China

O presidente americano, Joe Biden, "monitora" de perto as manifestações na China, que exigem liberdades e o fim dos confinamentos impostos para combater a covid-19.

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