A Alemanha deverá prover ajuda militar adicional à Ucrânia em um pacote equivalente a US$ 3 bilhões, que inclui tanques, sistemas antiaéreos e munições. O anúncio do governo germânico ocorreu na véspera da primeira visita do presidente da Ucrânia Volodymir Zelenski à Alemanha desde que seu país sofreu a invasão militar da Rússia em fevereiro do ano passado.
O ministro da defesa da Alemanha, Boris Pistorius, disse que o governo de Berlim quer mostrar neste pacote de armamentos que "a Alemanha é séria no seu apoio" à Ucrânia. 'A Alemanha proverá toda a ajuda que puder, pelo tempo que for necessário", afirmou Pistorius.
A visita do presidente da Ucrânia à Alemanha é avaliada em Berlim como um sinal de que melhoraram as relações entre os dois países. Por vários meses, o governo de Kiev cultivou suspeitas sobre a dependência da Alemanha à energia exportada pela Rússia e o apoio ao gasoduto Nord Stream, cuja construção foi defendida pela ex-chanceler Angela Merkel.
O sucessor de Merkel, o chanceler Olaf Scholz, concordou em reduzir as importações de energia da Rússia, mas logo após a invasão militar em fevereiro do ano passado, a Alemanha hesitou em fornecer à Ucrânia armas letais, pois temia que o país poderia ser empurrado para o centro daquele conflito no leste europeu.
as com os apoios muito fortes de Washington, Varsóvia e Londres à Ucrânia, Berlim recebeu uma fria reação diplomática de Kiev.
Apesar de a Alemanha ter sido lenta para apoiar a Ucrânia no ano passado, recentemente o país tornou-se um dos maiores fornecedores de armas à Ucrânia, com o envio de tanques modernos, como o Leopardo 1 e 2, além de sofisticados sistemas para destruir ataques de mísseis e de drones.