O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após se reunir na manhã deste sábado (14), por videoconferência, com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministros de Estado e assessores próximos para discutir o conflito em Israel e na Palestina, conversou por telefone com os presidentes da Autoridade Palestina e do Egito.
AUTORIDADE PALESTINA
No início da tarde (14h) deste sábado (14), por telefone, Lula conversou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, líder do povo palestino, na busca de apoio para a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza. O presidente lembrou o reconhecimento brasileiro do Estado palestino.
Na conversa, Lula expressou preocupação com os civis na região e o bloqueio de ajuda humanitária.
O presidente brasileiro condenou os ataques terroristas contra civis em Israel, reforçou a importância de um corredor humanitário e da libertação imediata de todos os reféns.
Lula disse que os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra. Ambos reafirmaram a importância da busca por uma solução política e pela paz para a região.
PRESIDENTE EGÍPCIO
O presidente Lula ainda conversou também, por telefone, com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, para solicitar apoio à retirada dos brasileiros que estão tentando sair da Faixa de Gaza.
O presidente Lula informou que, assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o Aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil.
Lula salientou ainda a importância em se criar corredor humanitário para a saída dos estrangeiros que querem retornar a seus países.
Ambos concordaram com a urgência em se permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Nesse contexto, o presidente Lula informou que o Brasil deve enviar, entre outros itens, kits de medicamentos.
O presidente Lula confirmou que o Brasil, no exercício da presidência do Conselho de Segurança da ONU, manterá atuação incansável para evitar um desastre humanitário ainda maior e o alastramento do conflito.
Ambos os presidentes reafirmaram a defesa da solução de dois Estados e acordaram manter consultas frequentes sobre a crise em curso.