A Assembleia Geral da ONU irá se reunir na próxima quinta-feira (26) para discutir a guerra provocada pelo ataque do Hamas em solo israelense no último dia 7, anunciou seu presidente, Dennis Francis, em carta aos Estados-membros.
A reunião será celebrada a pedido de vários países, em particular da Jordânia em nome do grupo árabe, além de Rússia, Síria, Bangladesh, Vietnã e Camboja, porque o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um acordo sobre uma resolução relativa a este conflito.
PROPOSTAS REJEITADAS
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU, que costuma ficar dividido sobre a questão israelense-palestina, rejeitou inicialmente uma proposta russa que pedia um "cessar-fogo humanitário".
Apenas 5 dos 15 Estados-membros do Conselho apoiaram esse texto, que condenava "toda violência contra civis e todos os atos terroristas", mas não nomeava o grupo islamista palestino Hamas, o que é inaceitável para Estados Unidos, Reino Unido e França.
Um segundo projeto de resolução, elaborado pelo Brasil, que preside o Conselho em outubro, foi bloqueado pelo veto americano. Washington criticou o texto por não mencionar o "direito de se defender" de Israel, enquanto 12 países votaram a favor e Rússia e Reino Unido se abstiveram.
Antes da reunião da Assembleia Geral, às 10h locais (11h de Brasília) de quinta-feira, o Conselho de Segurança voltará a se reunir na terça-feira para abordar o tema. Espera-se que vários ministros das Relações Exteriores participem desta reunião, prevista há algum tempo.