O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento nesta quarta-feira, 25, no qual afirmou que o país está se preparando para uma operação terrestre na Faixa de Gaza, mas que não divulgará quando ou como a incursão será realizada. Ele também diz que não compartilhará seu conjunto de considerações sobre o tema.
Netanyahu disse que houve uma decisão unânime sobre o momento das incursões terrestres. "Iremos cobrar o preço total ao Hamas-Daesh" na invasão, afirmou. No pronunciamento, o primeiro-ministro voltou a ligar o facção palestina com o grupo Estado Islâmico, algo que vem sendo presente em seus discursos. Netanyahu vangloriou-se ainda de que Israel está contando com a ajuda de líderes mundiais, e que eles agora compreendem que "o Hamas é o ISIS, e o ISIS é o Hamas".
Terça, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs expandir a missão da coalizão militar internacional que lutou contra o Estado Islâmico para também combater o Hamas, na sequência dos ataques do grupo militante a Israel.
Netanyahu afirmou que os dois objetivos da incursão em Gaza são destruir o Hamas e recuperar os reféns. O israelense disse que todos os membros do Hamas "são homens mortos andando".
O primeiro-ministro sublinhou ainda que os ministérios do governo estão elaborando planos para cuidar dos deslocados em Israel e para cuidar do resto da população "tal como fizemos durante a pandemia". Netanyahu mais uma vez apelou aos civis de Gaza para que se dirijam ao sul da região.