GUERRA EM ISRAEL

Israel aprova acordo para libertar reféns em Gaza

Apesar da trégua, Israel disse que 'continuará guerra' contra o Hamas

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AFP

Publicado em 21/11/2023 às 22:57 | Atualizado em 21/11/2023 às 23:22
Acordo pausa de quatro dias e libertação de 50 reféns - AHMAD GHARABLI / AFP

O governo de Israel aprovou um acordo para libertar 50 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinos e de uma trégua, segundo um comunicado oficial enviado à AFP pelo gabinete do primeiro-ministro.

"O governo aprovou as linhas gerais do primeiro estágio de um acordo pelo qual pelo menos 50 pessoas sequestradas - mulheres e crianças - serão libertadas nos próximos quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates", diz a nota

Apesar da trégua, Israel disse que 'continuará guerra' contra o Hamas . "O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza", disse o governo em uma nota enviada à AFP.

LIBERTAÇÃO DE REFÉNS E TRÉGUA


O acordo para libertar os reféns sequestrados pelo Hamas em troca de uma trégua na Faixa de Gaza, onde Israel trava uma guerra com o movimento islamista vinha sendo costurado pelo Catar e os Estados Unidos, mediadores-chave juntamente com o Egito.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, nesta terça, que aceitar um acordo é "uma decisão complicada, mas é uma decisão correta", durante reunião com seu governo sobre o tema.

"Estamos perto de alcançar um acordo sobre uma trégua", disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em mensagem publicada no Telegram.

Netanyahu, que condicionou qualquer cessar-fogo à libertação dos reféns, disse que o presidente americano, Joe Biden, ajudou a melhorar a proposta "para incluir mais reféns a um custo menor".

POSIÇÃO DO HAMAS

O Hamas comemorou o acordo de "trégua humanitária" aprovado por Israel. "As disposições deste acordo foram formuladas em conformidade com a visão da resistência e da determinação que buscam servir o nosso povo e reforçar sua tenacidade diante da agressão", disse o Hamas em um comunicado.

"Confirmamos que nossos dedos vão continuar nos gatilhos e que nossos batalhões triunfantes vão permanecer de prontidão", acrescentou.

COSTURA DE ACORDO

"Agora estamos muito, muito perto" de um acordo, disse Biden. "Mas não quero entrar em detalhes porque nada está feito até que esteja feito", acrescentou o presidente dos EUA antes do anúncio.

As negociações chegaram à sua "fase final", informou, por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Catar.

Em seu ataque de 7 de outubro contra o sul de Israel, os combatentes do Hamas mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 240 reféns, que foram levados para Gaza.

Israel, que prometeu "aniquilar" o movimento islamista, respondeu com bombardeios incessantes e operações terrestres na Faixa de Gaza que, segundo o Ministério da Saúde deste território controlado pelo Hamas, mataram mais de 14.000 pessoas, entre elas milhares de menores.

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