Um jornalista da Al Jazeera morreu nesta sexta-feira (15) e outro ficou ferido em um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, indicou a emissora de televisão do Catar.
"Compartilhamos com grande pesar a devastadora notícia da perda de nosso dedicado cinegrafista da Al Jazeera, Samer Abu Daqa", escreveu na rede social X Mohamed Moawad, redator-chefe da emissora.
A Al Jazeera havia informado que o chefe de sua sucursal em Gaza, Wael Dahdouh, e Abu Daqa, tinham ficado feridos em uma escola de Khan Yunis (sul) "após o que acreditamos ter sido um ataque israelense com drone".
Segundo o meio de comunicação, Samer Abu Daqa estava gravemente ferido e permaneceu por horas no local do ataque, ao qual os socorristas não podiam acessar por causa dos escombros.
Dahdouh ficou ferido no braço e foi transferido para o hospital Nasser da cidade, indicou um jornalista da AFP.
Perguntado pela AFP, o Exército israelense não fez nenhum comentário de imediato.
A Al Jazeera afirmou em um comunicado que considera as "forças de ocupação israelenses completamente responsáveis pela segurança de Samer", que, ao lado de Dahdouh, teve "um papel crucial para revelar a magnitude da destruição e do horror das atrocidades israelenses".
Ambos cobriam o bombardeio recente de uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Khan Yunis quando um segundo ataque aconteceu, dirigido "deliberadamente" contra os jornalistas, segundo um comunicado do movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
"Ainda não temos nenhuma indicação de que [os israelenses] estejam visando deliberadamente (...) jornalistas que tentam cobrir esta guerra", declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, em Washington.
De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), mais de 60 jornalistas e funcionários de meios de comunicação morreram desde o começo da guerra entre Israel e Hamas, desencadeada pelo ataque brutal do movimento palestino em território israelense em 7 de outubro.