Rei Charles III retoma agenda pública após diagnóstico de câncer
Monarca fez sua primeira aparição oficial em público nesta terça-feira (30) em Londres após descobrir a doença
O rei Charles III fez nesta terça-feira (30) sua primeira aparição oficial em público em Londres desde que foi diagnosticado com câncer, em fevereiro, e depois que os médicos afirmaram estar "muito animados" com o avanço de seu tratamento.
O chefe de Estado britânico, de 75 anos, e sua esposa, a rainha Camilla, foram recebidos por uma multidão em sua chegada ao University College Hospital Macmillan Cancer Centre, uma unidade oncológico no centro de Londres.
O monarca conversou com pacientes que fazem quimioterapia em uma unidade diurna, incluindo Asha Millen, uma mulher de 60 anos com câncer de medula óssea.
"Eu disse: 'como você está se sentindo?' e ele respondeu: 'estou bem'", contou Millen à imprensa.
Outra paciente, Lesley Woodbridge, de 63 anos, disse que o rei se identificou com ela e lhe disse: "tenho que fazer meu tratamento esta tarde também".
Charles III lidera os conselhos da organizações Cancer Research UK e Macmillan Cancer Support, e a rainha, de 76 anos, preside outra associação de apoio a pacientes de câncer chamada Maggie's.
Na entrada do centro de saúde, o casal sorriu e cumprimentou a multidão e os jornalistas antes de conversar com médicos, pacientes e suas famílias.
O rei britânico suspendeu em fevereiro suas atividades públicas quando um câncer foi detectado enquanto tratava uma inflamação da próstata. Ainda não foi revelada a natureza do câncer.
Sua nora Catherine, a princesa de Gales de 42 anos, foi submetida em janeiro a uma cirurgia abdominal e em março anunciou que recebe quimioterapia.
Em seu caso, também não foi divulgado o tipo de câncer. Kate, como é conhecida, é esposa do príncipe William, filho mais velho de Charles e herdeiro ao trono.
O evento desta terça-feira, o primeiro de vários compromissos programados para as próximas semanas, tem o objetivo de alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer e destacar as inovações na pesquisa.
Charles, que chegou ao trono britânico em setembro de 2022, após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, foi coroado em 6 de maio de 2023.
Desde seu diagnóstico, ele compareceu a serviços religiosos e algumas audiências. Também continuou administrando os temas oficiais de Estado.
Na sexta-feira, o Palácio de Buckingham anunciou que os médicos estavam "muito animados" com o avanço de seu tratamento e estavam "positivos" sobre sua recuperação.
O tratamento continuará e sua agenda das próximas semanas será reduzida e examinada por seus médicos, disse um porta-voz.
Um compromisso previsto é a visita de Estado do imperador Naruhito e a imperatriz Masako do Japão, em junho.
O rei participou na semana passada de atividades para conscientizar sobre o câncer. "É um tema importante na sociedade atual", declarou à AFP Keegan Gray, um neozelandês de 23 anos residente em Londres.
"Muita gente tem câncer e muitos se calam, sentem vergonha", comentou.
A atriz Annie Rae Donaghy, de 21 anos, destacou que a situação do rei lembra as pessoas que "todo mundo luta contra isto" e vai além da condição social.
Os diagnósticos de câncer de Charles e Kate têm sido uma dor de cabeça para a família real, já que ambos tiveram que suspender seus compromissos públicos.
William também reduziu suas atividades para apoiar a esposa e os três filhos.
Camilla assumiu vários compromissos de seu marido. A princesa Anne e o príncipe Edward, irmãos de Charles, também passaram a realizar algumas funções.
O filho mais novo de Charles, o príncipe Harry, já não participa das funções da realeza britânica, mas deve visitar Londres em 8 de maio para o décimo aniversario dos Jogos Invictus, um evento para veteranos militares feridos fundado por ele.
Depois, viajará à Nigéria com sua esposa, a ex-atriz americana Meghan Markle.
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