Dois ministros israelenses de extrema direita ameaçaram, neste sábado (1º), renunciar se o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aceitar o plano de trégua com o Hamas apresentado pelo presidente americano Joe Biden.
Em mensagens na rede social X, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, disse que o seu partido "dissolveria o governo" se o plano avançar, e classificou a proposta como uma "vitória do terrorismo e um risco para a segurança do Estado de Israel".
"Aceitar esse acordo não é uma vitória total, mas uma derrota total", frisou.
Por sua vez, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, afirmou que se negaria a "fazer parte de um governo que aceite o esquema proposto" no plano de cessar-fogo para Gaza.
"Exigimos que a guerra continue até que o Hamas seja destruído e todos os reféns sejam devolvidos", escreveu Smotrich no X.
O ministro acrescentou que se opõe ao retorno dos palestinos deslocados para o norte do território e à "libertação em massa de terroristas".
Sem os partidos de Ben Gvir e Smotrich, a coalizão de Netanyahu perde a maioria no Parlamento.
O líder da oposição israelense, Yair Lapid, prometeu neste sábado, no X, apoiar Netanyahu se seus parceiros de extrema direita deixarem o governo.
O Executivo "não pode ignorar o importante discurso de Biden" na sexta-feira, insistiu ele.
O líder americano disse no dia anterior que Israel havia proposto um plano de três fases para conseguir um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns do Hamas em Gaza.
Netanyahu enfatizou neste sábado que a "destruição" do Hamas fazia parte do plano de Biden.