Primeira baixa israelense confirmada em combates no Líbano intensifica tensões com Hezbollah
Soldado israelense é morto durante incursão no sul do Líbano, marcando a primeira perda militar desde o início dos combates contra o Hezbollah
O exército de israel anunciou, nesta quarta-feira a morte de um soldado israelense em combate no Líbano “O capitão Eitan Itzhak Oster, de 22 anos, caiu nos combates no Líbano”, sendo essa a primeira baixa do país desde o início de sua incursão ao sul do Líbano, contra o movimento Hezbollah, na segunda-feira(30).
O grupo pró-iraniano, Hezbollah, parceiro do Hamas que atua na Palestina, confirmou nesta quarta-feira que lutou contra tropas israelitas que estavam se “infiltrando” nos solos libaneses "Uma força do inimigo israelense cruzou a Linha Azul (que separa os dois países) em uma distância de 400 metros em território libanês", em dois setores, "antes de se retirar", disse o Exército libanês em sua conta na rede X.
O Hezbollah ainda comunicou que bombardearam pontos ao norte de Israel.
"Não é mais como no começo do confronto (...), a resistência do sul está em mais alto nível de preparação", declarou à imprensa Mohamad Afif, chefe do escritório de informações do Hezbollah, durante uma visita aos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do movimento.
As tropas israelenses voltam a bombardear o sul da capital libanesa nesta quarta-feira pela manhã, no mesmo lugar onde o líder do Hezbollah foi morto, sexta-feira (27).
Secretário-geral da ONU é “persona non grata” em israel
Em meio aos conflitos que envolvem o Estado de Israel, o ministro de Relações Exteriores do país, Israel Katz, declarou nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata”.
"Qualquer um que seja incapaz de condenar de maneira inequívoca o ataque hediondo do Irã contra Israel não merece pisar em solo israelense. Este é um secretário-geral anti-Israel, que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos", Israel Katz, em um comunicado.
O ministro de relações exteriores de israel ainda acusou o secretário de apoiar "os assassinos do Hamas, do Hezbollah, os houthis e agora do Irã, a mãe do terrorismo global, será lembrado como uma mancha na história da ONU pelas próximas gerações".
Contexto Geral
O Hezbollah é um grupo extremista que tem influência política no Líbano. Ele atua desde os anos 80, quando invadiu Israel.
A partir disso, Israel e o grupo pró-irã, Hezbollah tem um histórico de conflitos que se intensificou em outubro de 2023, quando é iniciado o conflito na faixa de Gaza.
Tanto o Hezbollah, quanto o Hamas, são grupos financiados pelo regime iraniano que já ofereceram treinamentos ao Hezbollah, segundo infografia do G1.
Em meio aos conflitos de Hamas e Israel, o Hezbollah lançou ataques contra Israel para demonstrar seu apoio ao grupo que atua na Palestina.
Os militares israelenses passaram, então, a bombardear estruturas do Hezbollah no sul do Líbano.
No dia 23 de setembro, o país enfrentou o dia mais sangrento desde 2006, na guerra entre o Hezbollah e Israel. As tensões na região roubaram a cena na Assembleia Geral da ONU.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que o mundo não pode permitir que o Líbano seja uma nova Gaza, que já tem mais de 41.689 mortos confirmados pelo Ministério de Saúde de Gaza.