Netanyahu confirma cessar-fogo com Hezbollah e que foco é 'ameaça' do Irã e Hamas

Primeiro-ministro Netanyahu explicou que a suspensão das hostilidades no Líbano permitirá que os israelenses foquem na ameaça do Irã

Publicado em 26/11/2024 às 21:57
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou o fechamento de um acordo que prevê um cessar-fogo na guerra com o Hezbollah, mas avisou que a duração da trégua dependerá da capacidade do grupo extremista islâmico de cumprir os termos combinados.

Em discurso televisionado nesta terça-feira, 26, Netanyahu explicou que a suspensão das hostilidades no Líbano permitirá que os israelenses foquem na ameaça do Irã."Estou disposto a fazer o que for preciso para evitar que Irã desenvolva arma nuclear", disse.

O premiê reforçou o compromisso em assegurar a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde o ano passado. "Estamos determinados a garantir a destruição do Hamas", ressaltou ele, que chamou atenção para as "grandes vitórias" que Israel teve nas frentes de guerra.

Netanyahu alertou, no entanto, que se o Hezbollah descumprir o acordo, Israel vai voltar a atacá-lo.

Exército israelense bombardeia subúrbio de Beirute

Aviões de guerra israelenses atingiram ontem prédios nos subúrbios de Beirute e em uma cidade do sul do Líbano, no momento em que o gabinete de segurança de Israel se preparava para aprovar o cessar-fogo.

Jatos israelenses destruíram pelo menos seis prédios nos subúrbios da capital. Um ataque atingiu um local perto do único aeroporto do país, provocando grandes colunas de fumaça.

Não houve relatos de vítimas. Outros ataques atingiram a cidade de Tiro, no sul, onde o Exército israelense afirma ter matado um comandante local do Hezbollah.

Ao todo, Israel atacou 180 posições do Hezbollah no Líbano. O Exército de Israel ordenou ainda a retirada de civis da cidade de Naqoura, também no sul do país.

O Hezbollah começou a disparar foguetes contra Israel em outubro do ano passado, quando o Hamas atacou o sul israelense. Os disparos, segundo a milícia xiita, ocorreram em solidariedade ao Hamas.

 

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