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Rússia denuncia 'planos de militarização' da Europa

Principais potências europeias, incluindo França e Reino Unido, decidiram aumentar gastos militares desde que Donald Trump assumiu presidência dos EUA

Publicado em 20/03/2025 às 9:14
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O Kremlin denunciou nesta quinta-feira "planos para militarizar a Europa" em um momento em que a União Europeia lança um projeto de rearmamento com o objetivo de enfrentar a ameaça russa e comandantes militares de quase 30 países se encontram no Reino Unido para falar sobre a Ucrânia.

"Os sinais procedentes de Bruxelas e das capitais europeias referem-se a planos para militarizar a Europa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "A Europa embarcou em sua própria militarização e se tornou uma espécie de partido de guerra", acrescentou.

As principais potências europeias, incluindo França e Reino Unido, decidiram aumentar os gastos militares desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro, em meio aos temores de que o país se distancie do compromisso tradicional com a defesa da Europa.

Na quarta-feira, a UE anunciou um plano de rearmamento do continente até 2030, no valor de 800 bilhões de euros.

Com a aproximação entre Washington e Moscou, a Rússia concentra suas críticas e ataques pelo conflito na Ucrânia na Europa, ao acusar a UE e o Reino Unido de serem os principais obstáculos para a paz.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron - que tentam formar uma coalizão de países voluntários -, afirmaram que estão dispostos a enviar forças de paz para a Ucrânia em caso de um cessar-fogo no conflito de mais de três anos entre Moscou e Kiev.

Negociações EUA-Rússia sobre Ucrânia

A Rússia anunciou nesta quinta-feira (20) que as próximas negociações com os Estados Unidos sobre a Ucrânia podem ocorrer neste domingo ou no início da semana que vem, já que Washington também planeja manter conversas com Kiev, na Arábia Saudita, nos próximos dias.

O presidente americano, Donald Trump, falou separadamente por telefone com seu colega russo, Vladimir Putin, e seu colega ucraniano, Volodimir Zelensky, no início desta semana.

"Pode não ser no domingo, os detalhes estão sendo acertados. Pode ser no começo, bem no começo, da semana que vem", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Na quarta-feira, Zelensky afirmou que a Ucrânia e os Estados Unidos estão se preparando para se reunir nos "próximos dias" na Arábia Saudita.

Ainda não está claro se as autoridades americanas se reunirão com as equipes ucraniana e russa no mesmo dia, ou se há a possibilidade de conversas entre as três partes, nas quais Kiev e Moscou falem cara a cara.


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O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, disse na quarta-feira que "equipes técnicas" da Rússia e dos Estados Unidos se reunirão em Riade "para se concentrar na aplicação e ampliação do cessar-fogo parcial que o presidente Trump acertou com a Rússia".

Putin rejeitou o cessar-fogo incondicional na Ucrânia proposto pelos Estados Unidos e só concordou em interromper os ataques à infraestrutura energética por 30 dias.

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