Maior aeroporto de Londres cancela todos os voos após incêndio; tráfego aéreo global é afetado
Mais de 1300 voos foram cancelados. Por ser o principal aeroporto da capital e o mais movimentado da Europa, o fechamento impactou diversos países

*Com informações da Agência Estado e AFP
O Aeroporto Internacional de Heathrow, principal ponto de conexão de Londres e um dos mais movimentados do mundo, foi forçado a encerrar suas operações nesta sexta-feira (21) após um incêndio em uma subestação elétrica.
Não houve vítimas, mas o fechamento inesperado afetou diretamente o tráfego aéreo global, levando ao cancelamento de centenas de voos e gerando uma série de transtornos para viajantes e investidores.
Incêndio no aeroporto de Londres
Na madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), um incêndio em uma estação de energia fundamental para o funcionamento do Aeroporto de Heathrow deixou as operações do local completamente paralisadas.
Com mais de 1.300 voos programados para o dia, o impacto foi imediato. A administração do aeroporto solicitou aos passageiros que não se dirigissem ao terminal e buscassem alternativas junto às suas companhias aéreas.
Segundo o Corpo de Bombeiros londrino, 29 pessoas foram evacuadas para locais seguros e um cordão de segurança de 200 metros foi estabelecido ao redor da área afetada. Além disso, cerca de 150 pessoas foram retiradas da zona de risco.
O governo britânico descartou qualquer possibilidade de ato criminoso, embora as causas do incêndio ainda não tenham sido oficialmente esclarecidas.
Embora as autoridades do aeroporto tenham confirmado que as operações devem ser retomadas às 23h59 desta sexta (horário local), o impacto do incêndio se estenderá por todo o dia.
O apagão causado pela queda de energia afetou também os arredores do aeroporto. Aproximadamente 100.000 residências ficaram sem energia durante a noite, com a energia sendo restaurada na maior parte da região, exceto em cerca de 4.000 casas.
Impacto global
Com o fechamento do aeroporto, diversos voos internacionais foram forçados a mudar seus destinos. Voos de longa distância, como os da Qantas, que partiam de Perth e Singapura, foram desviados para o Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.
Da mesma forma, a United Airlines teve que redirecionar sete de seus voos para outros destinos ou retorná-los aos seus aeroportos de origem. Além disso, outros aeroportos, como o Gatwick, ao sul de Londres, começaram a receber voos que originalmente deveriam ter pousado em Heathrow.
O impacto foi sentido em diversas partes do mundo. No Aeroporto Changi, em Singapura, um casal que embarcaria para Londres foi notificado do cancelamento de seu voo enquanto ainda estava na área de embarque.
"Eles reservaram um hotel para nós e disseram que nos avisariam sobre o próximo voo disponível. Foi tudo o que nos disseram", contou o casal.
Economia foi abalada
O impacto também foi sentido no mercado financeiro. As bolsas europeias abriram em baixa nesta manhã, com destaque para as ações de empresas do setor de viagens e lazer.
O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da Europa, recuou 0,76%, com o subíndice de viagens e lazer caindo 2%. O grupo IAG, controlador da British Airways, viu suas ações despencarem 2,2%.
A British Airways, principal companhia aérea do aeroporto, informou que o fechamento teria "um impacto significativo em nossas operações e em nossos clientes". A empresa destacou que estava trabalhando rapidamente para informar os passageiros sobre suas opções de viagem nas próximas 24 horas.
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