O novo caso suspeito de coronavírus de um passageiro do cruzeiro de bandeira bahamenha, que saiu de Salvador com 318 passageiros e 291 tripulantes e chegou ao Porto do Recife, na última quinta-feira (12), causa preocupação quanto ao fluxo de pessoas na cidade e, assim, ao turismo. Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário de Turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, falou sobre a possibilidade de proibir atracamento de navios ao Porto de Recife, caso a situação do Estado seja de risco.
"Medidas importantes podem ser tomadas. Inclusive a proibição do atracamento no Porto do Recife, que está sendo estudada, sempre com cuidado para que não não sejamos prejudicados por isso. É uma pena, porque seriam mais de 5 mil passageiros só no mês de março, mais tantos milhares em abril. Mas se realmente houver uma situação de risco para os pernambucos, esses cruzeiros serão proibidos de atracar em Pernambuco", explica o secretário.
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"Temos oito navios que chegam agora dia 18, depois em abril tem mais quatro, e é uma grande quantidade de turistas que chegam ao mesmo tempo. Mas o ambiente de cruzeiro é muito propício para o contágio, várias nacionalidades em um mesmo local. Nesse caso do canadense (idoso que apresentou sintomas em navio bahamenho que atracou no Recife) ainda não temos confirmação, mas ele estava doente, com pneumonia, mas não tinha avisado, por isso as medidas não foram tomadas. É preciso ter rigor na atracagem dos novos navios", salienta.
Rodrigo também explica que, caso se torne uma transmissão comunitária, a questão de proibir problema de viagem "será minimizada". "Se o vírus está sendo transmitido para pernambucano que não viajou, qual o sentido de proibir paulistas, cariocas ou mineiros aqui? Dessa forma, o efeito no fluxo de pessoas acaba sendo menor", disse.
Novaes comentou ainda sobre a nova direção do Aeroporto, a Aena. "Ela tem um grande desafio, mas, com certeza, já passou por isso e talvez não seja a última vez, também. Economicamente, a empresa conseguirá lidar com isso de forma tranquila. O secretário lembrou sobre os casos de óleo no nordeste, quando o Nordeste conseguiu lidar com a situação e "Pernambuco conseguiu, de maneira bem destacada, enfrentar esse desafio."
O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
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