Medidas de enfrentamento

Por conta do coronavírus, UFPE recebe doações de empresas e usinas para produção de álcool 70%

A expectativa é que a produção alcance 3 mil litros de álcool ainda esta semana

Vanessa Moura
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Vanessa Moura
Publicado em 25/03/2020 às 10:45 | Atualizado em 25/03/2020 às 10:53
Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
Universidade Federal de Pernambuco - FOTO: Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciou uma ação que promete produzir álcool 70% a partir de doações de álcool anidro, feito por usinas e empresas. O será manipulado pela Farmácia Escola Carlos Drummond de Andrade, e pelos laboratórios do Departamento de Energia Nuclear (DEN) e o Laboratório de Combustíveis (LAC), localizado no Laboratório Integrado de Tecnologia em Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Litpeg).

Segundo Beate Saegesser, coordenadora do Programa Institucional de Iniciação Científica (Pibic) e docente do Departamento de Farmácia, "todas as parcerias são bem-vindas" e, além do próprio álcool anidro, as empresas poderão optar por realizar doações de etanol, água destilada e mineral, polímero carbopol 940, que é usado no preparo do álcool gel, além de vasilhames de polipropileno ou outro tipo de plástico que sirva para engarrafar o álcool 70% que for produzido.

Na segunda-feira (23) foi feita a primeira doação de álcool anidro, pela Usina Trapiche, do munícipio de Sirinhaém. De acordo com o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, “é papel da Universidade articular setores e reafirmar a capacidade técnico-científica e seu papel estratégico junto à sociedade”. Para Alfredo, a expectativa de receber mais doações ainda nesta semana é grande, “até o fim da semana, esperamos contar com novas doações que aumentarão a produção para um volume superior a 3 mil litros. O HC integra o plano de contingência estadual e a demanda aumenta diante da pandemia’’, completou o reitor.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Confira o mapa de casos

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

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