Estabilização

Recife bate marca de 20 mil recuperados do coronavírus e segue em queda no contágio

Mesmo com a queda no número de notificações e a flexibilização nos setores da economia, a gestão municipal e estadual permanece orientando que as pessoas que fazem parte do grupo de risco da covid-19 permaneçam em isolamento domiciliar; além disso, os demais devem continuar evitando sair de casa sem necessidade

Vanessa Moura
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Vanessa Moura
Publicado em 20/07/2020 às 11:22 | Atualizado em 20/07/2020 às 11:52
YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM
Apesar da queda no contágio, algumas medidas de prevenção, como uso da máscara e respeito ao distanciamento entre pessoas, devem ser tomadas pela população para que uma nova onda não seja registrada - FOTO: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM

O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), informou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (20) que a capital pernambucana acaba de ultrapassar a marca de 20 mil recuperados do novo coronavírus.

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De acordo com o gestor, a contaminação no Recife está em queda há mais de 60 dias. Desde maio, os números de casos e óbitos vêm diminuindo e se estabilizando em baixa. Geraldo agradeceu o compromisso dos recifenses e de todos os profissionais que trabalham na linha de frente do enfrentamento à pandemia e pediu para que a população continuasse cumprindo as medidas preventivas. 

“Quero agradecer a todos, mas também lembrar que o grande desafio dos recifenses agora é não deixar vir uma segunda onda, pra gente não precisar fechar tudo que foi aberto nos últimos dias. Essas conquistas todas são fruto do trabalho de todo mundo junto e, enquanto não tiver uma vacina, vamos estar sempre correndo riscos e avaliando. A melhor forma da gente manter todas essas conquistas é fazendo a prevenção. É isso que diminui o risco de uma segunda onda”, alertou o político. 

Nesta segunda-feira (20), bares, lanchonetes e restaurantes da capital reabriram. Além disso, voltaram também a funcionar as academias. Para o prefeito da cidade, é o comportamento da população, frente a esta etapa de flexibilização, que irá determinar os próximos passos a serem tomados. 

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"É muito importante que todos tenham a prevenção como orientação do seu comportamento. Usar o álcool para limpar as mãos, sempre que possível manter a distância do outro e usar sempre a máscara. É o comportamento de todos que vai determinar os próximos passos", finalizou Geraldo Júlio. 

Mesmo com a queda no número de notificações e a flexibilização nos setores da economia, a gestão municipal e estadual permanece orientando que as pessoas que fazem parte do grupo de risco da covid-19 permaneçam em isolamento domiciliar. Além disso, os demais devem continuar evitando sair de casa sem necessidade.  

Balanço

Dados da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife mostram que, no fim de abril, a média móvel de novos casos de coronavírus, tanto graves quanto leves, chegou a 285 novos casos por dia, e, até a última quarta (15), essa média de novos casos diários passou para 12. Houve uma redução de adoecimento de 95,7%.

A média de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) também caiu. Entre o fim de abril até 15 de julho, a média chegou a 185 casos por dia e passou para 10 casos diários, com uma redução de 94,5%.

Enquanto isso, a média de óbitos por data de morte chegou a 45 casos por dia no início de maio. Até o dia 15 deste mês a média móvel passou para cinco mortes por dia, o que representa uma redução de 88% nesse período.

Atendimento

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura do Recife, quase 12.800 pessoas passaram pelo atendimento na rede municipal de saúde, em sete hospitais de campanha e 20 unidades de referência da Atenção Básica. Nos hospitais de campanha, cerca de 4.700 pessoas foram internadas, destas, 2.200 receberam alta hospitalar. 

Agora, após dois meses seguidos na queda no número de contágio, a Secretaria de Saúde do Recife iniciou a reorganização da rede emergencial e desativou 300 enfermarias. Nesta reorganização, 53 leitos de UTIs foram liberados, já que, segundo o órgão, a atual fase da pandemia apresenta uma demanda maior por leitos de terapia intensiva.

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