A diarista Ana Valéria Chaprão, mãe da adolescente Adlla Stephany Chaprão do Nascimento, de 17 anos, assassinada com um tiro no rosto no último sábado (19), em Jaboatão dos Guararapes, informou à TV Jornal que não acredita que a filha tenha sido vítima de um latrocínio, roubo seguido de morte. A versão foi apresentada pela Polícia Civil como a principal linha de investigação do caso, uma vez que testemunhas do crime afirmaram que os executores da jovem teriam atirado nela após o roubo de uma quantia que ela havia sacado referente ao auxílio emergencial.
"Ela não recebia (o auxílio). Eu estou com os documentos dela aqui e ela não recebia. Essa história não faz sentido para mim", afirmou Ana Valéria. Segundo ela, Adlla saiu de casa informando que iria encontrar algumas amigas no bairro do Totó, no Recife, por isso ficou surpresa ao saber que ela havia sido baleada em Cavaleiro, Jaboatão. "Ela ficava lá na casa das meninas no bairro do Totó no fim de semana. Eu deixava, né? A família do pai dela mora lá, ela morou no local dos três aos 12 anos", detalhou.
A jovem foi assassinada em um beco no Alto São Sebastião, em Cavaleiro, na frente da casa de um pai de santo onde ela costumava se encontrar com algumas amigas. À polícia, testemunhas que estavam no imóvel informaram que Adlla foi baleada depois de reagir a um assalto efetuado por dois homens em uma moto.
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Ana Valéria, porém, diz não acreditar nessa versão e conta que ainda não foi procurada pela polícia para comentar o caso. "O que me disseram é que foi um assalto na frente da casa desse pai de santo, mas o que eu estou sabendo da polícia é o que passou na televisão. Até agora a polícia não veio me procurar, e eu não tive condições de chegar até o local. Vocês podem imaginar como é que uma mãe... Como é que eu estou", lamentou a diarista.
"Tem mais história aí. Eu creio que, quando uma pessoa vai assaltar a outra, não dá um tiro só, dá vários. Eu, como mãe, quero justiça, quero descobrir quem fez isso com ela. A minha filha só tinha 17 anos. Ela era uma menina boa, no Facebook está todo mundo fazendo homenagens para ela. Era uma menina dada, todo mundo gostava", declarou a mãe da jovem.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso e identificar os responsáveis pelo crime. As investigações ficarão a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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