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Apesar de reforço da PM no Metrô do Recife, passageiros reclamam da falta de policiamento

Usuários do sistema dizem não ver policiamento dentro das estações

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JC

Publicado em 08/01/2021 às 16:42 | Atualizado em 08/01/2021 às 17:02
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Apesar do reforço da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) na vigilância do Metrô do Recife, que começou na última terça-feira (05), após um ano de promessas, a sensação de insegurança persiste entre os passageiros. A reclamação de quem usa o sistema para se transportar é de que não há policiamento na estações.

A reportagem do Por Dentro com Cardinot, da TV Jornal, verificou que não havia agentes da PM na Estação Joana Bezerra, na área central da capital, na manhã desta sexta-feira (8). A situação causa revolta nos usuários. "Não tem segurança, não tem ninguém", relatou a técnica em enfermagem Ivanise Cristina.

>> Depois de um ano de promessas, PM inicia tentativa de moralização do Metrô do Recife

Entre as queixas, os passageiros também reclamam que os vendedores ambulantes continuam instalados na parte de fora e de dentro da estação. "Só o que tem é ambulante", comentou o despachante William Lopes. 

Já na Estação Central do Recife, a reportagem encontrou três 3 policiais do Batalhão de Choque na entrada do local. Mas, segundo uma passageira, não havia nenhum agente dentro. "Eles não prometeram? fizeram uma reunião dizendo que ia botar? não tem", frisou a recepcionista Maria José. A equipe da TV Jornal não recebeu autorização para entrar na estação. 

 

Em nota, a Companhia Brasileira de Trens (CBTU) Recife, responsável pelo metrô, respondeu que "o Convênio com a PMPE, que teve início na terça-feira dia 05 de janeiro, poderá vir sofrer ajustes em sua execução caso haja necessidade após avaliação das duas entidades".

O JC também procurou a PMPE para dar um pronunciamento sobre as queixas dos usuários e aguarda retorno.

Parceria

A parceria entre os órgãos estabelece o emprego de efetivo do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) nas Linhas Centro e Sul do metrô, por onde passam 200 mil pessoas diariamente em tempos de pandemia - metade da demanda real. O objetivo é utilizar os PMs para garantir ordem no sistema, inibir assaltos e a atuação dos ambulantes. 

À época do anúncio, foi divulgado que os policiais do BPChoque terão turnos de oito horas e comunicação direta com os seguranças e a central de monitoramento do metrô, que funciona na sede do Metrorec, em Areias, Zona Oeste do Recife. Por lá, o sistema consegue ter 1.380 olhos, o equivalente às câmeras instaladas nos últimos dois anos nas Linhas Centro e Sul do sistema.

Segundo o anúncio, os policiais irão atuar no policiamento do metrô nos horários de folga, dentro do Programa de Jornadas Extras (PJEs) da Secretaria de Defesa Social (SDS). É o mesmo modelo adotado para as estações do Sistema BRT. A estratégia informada é de utilizar os PMs para impor respeito e garantir a ordem no sistema, inibindo os assaltos e, principalmente, a atuação dos ambulantes – que ainda dominam as estações e os trens.

 

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