Dupla suspeita de envolvimento com tráfico de drogas morre após troca de tiros com o Bope
Baleados, os dois homens ainda foram socorridos e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Camela, mas não resistiram aos ferimentos
Dois homens, identificados como José Pedro Santos de Souza Moreira, de 19 anos, e Hilquias Antonieto da Silva, de 35, morreram durante troca de tiros com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), em Ipojuca, litoral sul de Pernambuco.
Os dois estariam em um carro, passando pela PE-51, quando foram abordados pela polícia. A dupla teria iniciado a troca de tiros com os policias, que revidaram. Baleados, os dois homens ainda foram socorridos e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Camela, mas não resistiram aos ferimentos.
De acordo com a polícia, ambos já eram monitorados pelo serviço de inteligência do Bope, um deles, inclusive, seria gerente do tráfico de drogas na comunidade Salinas, em Porto de Galinhas.
Dentro do veículo foram encontradas duas pistolas, mochilas, drogas e munições. O material apreendido foi encaminhado ao Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).
Ainda segundo a polícia, a corporação investiga a informação de que a dupla teria envolvimento com a morte do policial alagoano Johnson Bulhões da Rosa Silva, de 27 anos, que foi baleado em Porto de Galinhas em novembro do ano passado.
"Após os procedimentos, foi realizado o socorro dos mesmos para a UPA de Camela onde eles não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito. Quando ainda na Upa, chegou a informação de que os suspeitos teriam participado do homicídio do policial militar de Alagoas no ano passado. Diante dos fatos, os materiais apreendidos foram encaminhados para a DHPP do Cordeiro para adoção das medidas legais cabíveis", informou a nota da PM.
Apesar da informação, outros dois suspeitos de envolvimento no latrocínio do policial alagoano já haviam sido denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) desde dezembro do ano passado. Israel Venerando Correia da Silva, que foi identificado pela polícia como o suspeito que aparece nas imagens de câmeras abordando e atirando no policial, e o mototaxista Adeilton Antônio Cordeiro da Silva, que teria ajudado na fuga, respondem pelo latrocínio com dois agravantes - o crime ocorreu sem chance de defesa da vítima e com disparo de arma de fogo no meio da rua, com risco de atingir terceiros. Caso condenados, as penas podem chegar a 30 anos de prisão. Na época da denúncia, não foi sinalizada a existência de mais suspeitos envolvidos.
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Relembre o caso
O PM Johnson Bulhões da Rosa Silva, de 27 anos, estava acompanhado da esposa, grávida de três meses, quando o crime aconteceu. O casal passava alguns dias de folga na casa de familiares em Porto de Galinhas, e estavam caminhando quando foram abordados por dois homens em uma moto. O policial reagiu e acabou baleado; a arma foi levada pelos suspeitos.
Johnson, que era soldado do Batalhão de Polícia Rodoviária de Alagoas desde 2018, chegou a ser socorrido e levado para a UPA de Ipojuca e, posteriormente, para o Hospital da Restauração, na área central do Recife, onde faleceu.
O corpo do alagoano foi velado e enterrado em 22 de novembro do ano passado, no Cemitério São Luís, em Maceió, na capital de Alagoas, e reuniu familiares, amigos e colegas de profissão do PM. Sob forte comoção, diversos policiais militares participaram da cerimônia fúnebre em homenagem ao soldado.
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