Atualizada às 17h14
Quatro homens com idades entre 19 e 39 anos foram mortos a tiros na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, durante a madrugada desta quinta-feira (25), Dia de Natal. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, as vítimas foram assassinadas numa casa localizada na região do Forte Orange, por homens desconhecidos. A área do Forte Orange é uma das mais concorridas da ilha, onde centenas de famílias costumam passar as festas de fim de ano.
>> Família de vítima da chacina na Ilha de Itamaracá cobra justiça
- Chacina em Sanharó: Organizadores de evento podem responder por homicídio
- Familiares dos quatro homens mortos durante chacina protestam em Camaragibe e pedem por justiça
- Quase uma semana após chacina em Sanharó, crime permanece sem muitas respostas
- Chacina em Sanharó: polícia conclui investigação e descobre motivação do crime
As quatro vítimas estavam numa residência na Rua Bodocó, próximo ao início da Trilha dos Holandeses, ponto turístico da ilha. Foram mortos David Santiago, 22 anos, Bruno Lima, 26, Tatiano Durval, 39, e Renaldo de Souza, 25. Três deles ainda no interior da residência. Um quarto foi assassinado na rua. Uma quinta pessoa, ainda não identificada, também teria sido ferida e sobrevivido.
O crime ocorreu por volta das 2h. Como se tratava do dia de Natal, muitas famílias estavam reunidas nas suas casas celebrando o feriado cristão e realizando a tradicional ceia. Em Itamaracá, na própria localidade onde ocorreu o crime, a movimentação de pessoas nas casas de veraneio é intensa, tanto de turistas como de moradores da Região Metropolitana do Recife, que procuram a ilha para passar as festas de fim de ano e aproveitar o início do verão.
Família de vítima da chacina em Itamaracá cobra justiça
A família de uma das quatro vítimas da chacina cobrou justiça pelo crime. O aposentado Everaldo Pereira, avô de Renaldo de Souza, 25, garantiu que irá cobrar da Polícia Civil pernambucana a identificação dos autores do assassinato.
Queremos justiça. Mataram meu neto, conhecido como Reis, e os outros rapazes. É um crime que não pode ficar impune. Queremos que a polícia identifique quem fez isso",Everaldo Pereira, aposentado e avô de uma das vítimas
O aposentado conversou com uma equipe do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) horas depois do crime, enquanto liberava o corpo do neto no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, área central do Recife. “Queremos justiça. Mataram meu neto, conhecido como Reis, e os outros rapazes. É um crime que não pode ficar impune. Queremos que a polícia identifique quem fez isso”, afirmou.
Embora tenha dito não saber qual a motivação da chacina, Everaldo Pereira revelou que a família é marcada pela violência. “Há dois anos perdi a minha filha, mãe de Reis, assassinada também. E até hoje o crime não foi esclarecido. Por isso, dessa vez queremos que a polícia descubra”, afirmou.
Investigação
A Polícia Civil de Pernambuco apura o caso, mas ainda não repassou informações sobre qual delegado ficará responsável pela investigação. Também não detalhou as possibilidades da causa para o crime. "As investigações seguirão até a completa elucidação dos fatos e prisão dos responsáveis pelo crime", disse a PCPE em nota. A Polícia Militar de Pernambuco, no entanto, a primeira a chegar ao local do crime, informou que são grandes as chances de a chacina ter sido motivada pela disputa do tráfico de drogas. Mas nada estaria confirmado por enquanto.
Citação
Queremos justiça. Mataram meu neto, conhecido como Reis, e os outros rapazes. É um crime que não pode ficar impune. Queremos que a polícia identifique quem fez isso",
Everaldo Pereira, aposentado e avô de uma das vítimas
Comentários