Economia

Auxílio emergencial ajudou a matar a fome em Pernambuco durante a pandemia da covid-19

Catadora de reciclável Ana Cláudia Alexandrino, 50 anos, não foi contaminada pela covid-19, mas teve grande impacto na renda

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 11/03/2021 às 7:35
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
AUXÍLIO Catadora de reciclável, Ana Cláudia Alexandrino ficou sem trabalhar - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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A catadora de reciclável Ana Cláudia Alexandrino, 50 anos, moradora do Pina, Zona Sul do Recife, não foi contaminada pela covid-19. Mas o vírus dificultou bastante sua vida. Com o fechamento das praias e outras medidas restritivas anunciadas pelo governo estadual para evitar a contaminação, em maio do ano passado, ela e o marido viram a pequena renda de 250 reais mensais cair para zero. Catavam latinhas nas ruas. Ela complementava fazendo faxinas.

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"As patroas perderam seus empregos ou ficaram com medo de pegar a doença, então pararam de me chamar. Tentamos catar latinhas, mas estava tudo fechado, a praia vazia. Não tenho vergonha de dizer que quase passamos fome. Meus quatro netos ficam durante o dia na minha casa. Houve vezes de dar fuba com açúcar para eles comerem porque além disso só tinha água no pote para beber", conta Ana Cláudia.

A salvação foi o auxílio-emergencial de R$ 600, pago pelo governo federal, que ela recebeu por quatro meses. "Não foi difícil conseguir o auxílio porque como recebo Bolsa Família, o dinheiro caía direto na conta. Mas as filas no banco e nas casas lotéricas para sacar eram muito grandes. Agradeço a Deus, foi maravilhoso ter ganhado esse auxílio. Ajudou a comprar comida e remédio. Se voltassem a pagar seria bom", afirma Ana Cláudia.

 

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