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Moradores do Recife reclamam sobre dificuldade para marcar segunda dose da vacina contra a covid-19 da Astrazeneca

Até o momento Recife vacinou mais de 331 mil pessoas. Dessas, pouco mais de 91 mil completaram a imunização com a segunda dose

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JC

Publicado em 08/04/2021 às 17:33 | Atualizado em 08/04/2021 às 18:13
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Com informações de Juliana Oliveira, repórter da TV Jornal

Famílias de idosos que receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 da Astrazeneca no Recife estão preocupadas. O motivo é que muitas pessoas ainda não conseguiram realizar o agendamento para que o grupo prioritário possa tomar a segunda dose do imunizante.

Filhos de uma idosa de 88 anos, seu Jair Sena e os irmãos têm tentado, sem sucesso, fazer a marcação pelo aplicativo Conecta Recife, utilizado para fazer o agendamento. A mãe deles tem até o dia 27 de abril para tomar a vacina.

"A gente não consegue agendar, disse que não está no momento. Estamos vendo o tempo passar, e se ela não tomar a segunda dose vai complicar. Estamos preocupados, somos 13 irmãos e ninguém conseguiu", declarou seu Jair.

Todas as vezes que os filhos entram no aplicativo para realizar o agendamento aparece a mensagem que é preciso aguardar um pouco mais. De acordo com o Secretário Executivo de Transformação Digital, Rafael Figueiredo, os municípios só irão abrir agendamento para a segunda dose quando chegar uma nova remessa de vacinas da Astrazeneca.

"Após 90 dias é que as pessoas podem tomar essa segunda dose. No dia 19 de abril é que a gente vai expirar os 90 dias do primeiro grupo que tomou essa vacina. Assim que o Ministério da Saúde mandar a vacina, e a gente está esperando as vacinas da Fiocruz ainda para esta semana, vamos abrir para as pessoas agendarem", disse o secretário.

Até o momento Recife vacinou mais de 331 mil pessoas. Dessas, pouco mais de 91 mil completaram a imunização com a segunda dose. No caso dos idosos com mais de 85 anos, 18.295 pessoas foram vacinadas. Apesar da preocupação das pessoas com a demora na segunda dose e um possível atraso, o infectologista Felipe Prohasca tranquiliza a população.

"O fato de não se fazer a vacina em 90 dias não quer dizer que se perde a primeira dose. Você pode ter mais meses pela frente para tomar, sem perder a eficácia da primeira. O problema é que quanto mais cedo vacinar, mais cedo vai estar protegido. A gente tem uma pressa para ter a proteção contra o coronavírus", declarou

Para o médico, se as doses não chegarem no prazo determinado, não dará para aplicar outro tipo de vacina, ou seja, uma pessoa imunizada pela vacina da Astrazenica não pode tomar a segunda dose da CoronaVac.

"Infelizmente, uma vacina tem uma tecnologia e outra tem outra tecnologia, então não adianta tomar uma dose de uma e uma dose de outra, só vai atrapalhar o sistema imunológico".

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