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Confira ações que a Prefeitura de Olinda promete fazer após destruição causada pelas chuvas

Defesa Civil da cidade registrou 152 ocorrências no último final de semana de chuvas

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JC

Publicado em 13/04/2021 às 17:28 | Atualizado em 13/04/2021 às 18:04
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Os moradores de Olinda, no Grande Recife, enfrentaram a maior chuva acumulada no último final de semana em comparação a todos os outros municípios de Pernambuco. Foram 327mm, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), o equivalente a 102% do esperado para o mês de abril. A média histórica era de 320mm. Com o volume de chuvas acima do normal, a Defesa Civil da cidade registrou 152 ocorrências, entre elas, deslizamentos de barreiras nos bairros do Alto do Sol Nascente, Alto da Bondade, Águas Compridas e Sapucaia. Foram necessárias intervenções em 15 residências, e duas pessoas ficaram levemente feridas.

A gestão afirma que 70 operacionais estiveram nos pontos de risco em interação com a população e fazendo a limpeza, retirada de materiais e cortes de árvores que possam oferecer perigo. Seis árvores foram retiradas e 55 lonas plásticas foram colocadas em dois dias.

A Prefeitura de Olinda informou que a Operação Inverno na cidade começou no dia 1° de fevereiro com a instalação de lonas plásticas nas áreas de risco. "O pacote de ações prevê a cobertura de 400 mil metros quadrados e construção de 54 muros de arrimo. No ano de 2020 nenhum incidente grave foi registrado nas áreas de risco da cidade. Os trabalhos da Operação Inverno seguem sendo realizados, e nesta terça-feira (13) 82 pessoas estão trabalhando na Defesa Civil", diz em nota. 

Os trabalhos da Operação Inverno são realizados em várias frentes de forma integrada, como limpeza dos 27 canais que cortam a cidade, limpeza e construção de sistemas de drenagem, colocação de lonas e erradicação de vegetação que traga risco para população. 

Nessa segunda-feira (12), a Prefeitura de Olinda apresentou o Plano de Contingência para o ano de 2021, com as ações, recursos e procedimentos de respostas às situações de emergência em áreas de morros, planas e alagáveis, além dos trabalhos preventivos. Segundo a gestão, o planejamento realizado pela Defesa Civil indica a responsabilidade e atribuição de todos os órgãos parceiros nas situações emergenciais para que as respostas sejam facilitadas e os recursos aplicados com a maior eficiência possível.

O planejamento mostra que as ações de resposta são divididas em três fases: pré-desastre, desastre e desmobilização da operação. Em cenários de ocorrências resultantes da chuva, como deslizamentos, a primeira fase é realizada a partir do monitoramento pluviométrico e alertas da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Esses alertas serão enviados pela Defesa Civil utilizando todos os canais de comunicação da prefeitura. A essa altura já é possível providenciar a retirada de famílias das áreas vulneráveis para preservação de vidas.

Na etapa seguinte, quando a ocorrência está em curso, a Secretaria Executiva de Defesa Civil disponibiliza seus próprios recursos – humanos e materiais - nas situações de pequeno e médio porte. Nos problemas mais graves, o plano prevê a articulação com órgãos parceiros e superiores, tanto em nível estadual quanto federal.

O secretário executivo da Defesa Civil, Manoel Cunha, reforçou que as ações da operação inverno seguem intensificadas e estão sendo realizadas desde janeiro. “Já instalamos 100.000 m2 de lonas em barreiras. A nossa previsão é de colocar os no total 400.000 m2 até o fim de junho”, afirmou, antes de explicar: “A intensidade da chuva começa a aumentar a partir do mês de março, tendo como pico o mês de junho.”

Além desse trabalho, as equipes da secretaria também fazem a manutenção da vegetação com roçagem, poda de árvores e trabalho de conscientização da população. 

Em caso de incidentes, o telefone da Defesa Civil de Olinda está à disposição da população 24h por dia: 0800 281 2112.

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