POLÍCIA

Ex-servidores da União em Pernambuco são alvos de operação da PF por corrupção

As diligências têm o objetivo de recuperar prejuízos causados pela prática de corrupção passiva por ex-servidores da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Estado

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Katarina Moraes

Publicado em 27/04/2021 às 14:03 | Atualizado em 27/04/2021 às 14:07
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Polícia Federal (PF), através da Delegacia de Repressão à Corrupção em Pernambuco, deflagrou nesta terça-feira (27) a "Operação Recovery", no Recife. As diligências têm o objetivo de recuperar prejuízos causados pela prática de corrupção passiva por ex-servidores da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) em Pernambuco, que chegam a quase R$ 250 mil. Para isso, foi determinado o sequestro de três veículos, dois já apreendidos.

Segundo a PF, os alvos da ação teriam recebido propinas para promoverem a rápida tramitação de um processo de remembramento de terrenos no interesse de uma empresa estrangeira que tem filial em Pernambuco. Representantes dessa empresa teriam pago vantagens em dinheiro a esses indivíduos através de transferências bancárias realizadas por intermédio de conta aberta em nome de uma empresa fantasma.

"Como já foi constatado prejuízo ao erário público, à União e à sociedade, o objetivo das buscas de hoje foi a reparação desse prejuízo através do sequestro de bens. Esses bens foram apreendidos, levados para o depósito da Polícia Federal, podem ser objetos de leilão ou encaminhados para outra finalidade pública", explicou o delegado Daniel Silvestre.

A corporação explica que a ação tem respaldo legal no pacote anti-crime, que, além de autorizar o decreto do sequestro de bens para reparação de prejuízos causados por práticas criminosas, prevê que esses bens podem, mediante autorização da justiça, ser utilizados por órgãos públicos da área de segurança ou leiloados, sendo o produto da venda destinado à União.

Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, podendo ser condenados a penas que podem chegar a 22 anos de reclusão. 

"As investigações que já foram concluídas, os indiciados já foram denunciados pelo Ministério Público Federal e a denúncia já foi recebida pela Justiça Federal, no sentido de que eles teriam praticado crimes de corrupção passiva. Na denúncia também consta, assim como no relatório do inquérito policial, a prática de corrupção ativa por parte de representante da empresa, que teria pago propinas a esses servidores à época para que eles agilizassem o processo de remembramento de um terreno do interesse desses empresários", conta o delegado.

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